PCP diz que 'troika' acha que portugueses estão desempregados por não serem competitivos
Porto Canal / Agências
Lisboa, 18 set (Lusa) - O PCP afirmou hoje, depois da reunião com a 'troika', que os credores internacionais insistem em "continuar o rumo da austeridade" e consideram que "os trabalhadores portugueses não são competitivos e por isso é que estão desempregados".
Os elementos da 'troika', composta pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e pela Comissão Europeia, reuniram-se hoje com alguns deputados da comissão eventual de Acompanhamento das Medidas do Programa de Assistência Financeira, no parlamento, no âmbito da oitava e nona revisões regulares.
"Os elementos [da 'troika'] que falaram deixaram bem claro que, mesmo que existisse uma alteração na economia (...), é preciso perseverar, é preciso continuar o rumo de austeridade", afirmou Miguel Tiago aos jornalistas à margem do encontro.
De acordo com o deputado comunista, e numa altura em que o Governo já disse que pretende negociar a meta do défice orçamental de 2014 para os 4,5% do produto, a mensagem que a 'troika' passou foi a de que "abrandar as metas orçamentais seria percecionado pelos investidores como uma fraqueza"
Relativamente à manutenção das medidas de austeridade em curso, o deputado comunista relatou que os elementos da 'troika' "não acrescentaram nada de novo mas também não retiraram o que disseram" anteriormente.
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