Economista alemão defende que Portugal merece flexibilização do défice para 4,5 ou 5%

| Política
Porto Canal / Agências

Braga, 18 set (Lusa) - O economista alemão Friedrich Schneider defendeu hoje, em Braga, que a troika deveria "abrir uma exceção" e flexibilizar a meta do défice público de Portugal para "4,5 ou 5 por cento" do PIB em 2014.

Em declarações à Lusa, à margem de uma conferência na Universidade do Minho, Friedrich Schneider acrescentou que aquela flexibilização se justifica pelos "grandes esforços" que Portugal e os portugueses têm feito para equilibrar as contas públicas.

"Portugal tem cumprido o programa de ajustamento, tem procurado reduzir as despesas, aumentou os impostos, a população tem suportado grandes sacrifícios e, por isso, penso que se devia abrir uma exceção. Depois, para os anos seguintes, terá de se estabelecer um plano para conseguir o défice de 3 por cento", referiu.

Para Friedrich Schneider, Portugal é, depois da Irlanda, um dos países que mais esforços tem feito para reduzir o défice.

O economista alertou que a austeridade, só por si, não resolve o problema, sublinhando que Portugal deve também apostar no investimento para a sua economia crescer e tornar-se mais competitiva.

Na opinião de Schneider, se isso acontecer, Portugal terá capacidade para regressar aos mercados.

Defendeu ainda que Ângela Merkel, se ganhar as eleições na Alemanha, deverá ser "mais branda" em relação aos países que cumprem programas de ajustamento, nomeadamente Portugal.

Friedrich Schneider é professor catedrático da Universidade de Linz, Áustria.

VCP// ATR

Lusa/fim

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