Washington, 11 nov (Lusa) -- A hipotética criação de uma zona de exclusão aérea na Síria para evitar que aviões russos sobrevoem o país dividiu, num debate na terça-feira, os aspirantes do Partido Republicano a candidatos nas eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2016.

O ex-governador da Florida Jeb Bush foi o primeiro a abordar a questão, afirmando que "o terrorismo islamita é hoje a maior ameaça para os Estados Unidos", defendendo a criação de uma zona de exclusão aérea na Síria.

"Pensar que é uma boa ideia deixar [o presidente russo, Vladimir] Putin estar na Síria... Isso é como um jogo de tabuleiro, é como jogar ao Monopólio, não é como funciona o mundo real", disse o filho e irmão de antigos presidentes dos Estados Unidos.

Bush também defendeu o estabelecimento de zonas seguras na Síria onde possam ficar os refugiados e para que não partam para a Europa, realçando que os Estados Unidos têm de liderar, no mundo, uma ideia que, a seu ver, "não partilham" o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a favorita para ser candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton.

A ex-conselheira delegada da HP Carly Fiorina alinhou-se com Bush, propondo a criação de uma zona de exclusão aérea, e lamentou que os Estados Unidos estejam a falar com Putin "a partir de uma posição de debilidade por culpa da Administração Obama".

Já o senador independente pelo Kentucky Rand Paul opôs-se, considerando "particularmente ingénuo" pensar que não tem de haver diálogo entre Washington e Moscovo.

"Se querem uma zona livre de voos no Iraque estejam prontos para derrubar aviões russos, para enviar os vossos filhos para ali e iniciar outra guerra", disse.

O Milwaukee Theatre de Milwaukee (Wisconsin) foi palco, esta terça-feira, do quarto debate entre aspirantes republicanos à nomeação para a Casa Branca, organizado pela Fox Business e pelo diário The Wall Street Journal e em que apenas participaram os oito pré-candidatos melhor posicionados nas sondagens.

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