Consumo de carne deve ser moderado e acompanhado de alimentos protectores - DGS

| País
Porto Canal com Lusa

A Direção-Geral da Saúde (DGS) considera que o consumo de carne processada não é problemático, desde que seja moderado e em refeições com alimentos protetores, como as frutas e hortícolas.

Pedro Graça, diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da DGS, reagiu desta forma ao anúncio de que a carne processada -- como bacon, salsichas ou presunto -- é cancerígena para os seres humanos.

A conclusão consta de um estudo hoje divulgado pela Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro (IARC), da Organização Mundial de Saúde (OMS), o qual alertou que a carne vermelha também é "provavelmente" cancerígena.

Para Pedro Graça, o anúncio reitera o que há alguns anos os especialistas têm alertado: a relação entre o consumo de carne processada e o risco para o aparecimento de cancros, nomeadamente o cancro colon-retal, mas também o da próstata e do pâncreas.

"A novidade é o grau do reforço" do alerta, explicou o nutricionista, para quem as indicações da DGS nesta matéria vão manter-se e apontam no sentido do consumo moderado deste tipo de alimentos.

"Não é um bife de vaca que, apesar de dever ser consumido de forma moderada, vai provocar o cancro. Agora, o seu consumo deve manter-se ou ser reduzido para até 500 gramas por semana, o que equivale a quatro ou cinco refeições de carne por semana", explicou.

Segundo Pedro Graça, "a alimentação inadequada é dos fatores que mais rouba anos de vida às pessoas, nomeadamente aos portugueses".

"Continuamos a comer mais ou menos a mesma coisa, apesar dos alertas", lamentou.

Outra solução defendida pela DGS passa pelo acompanhamento das refeições com alimentos protetores, como os hortícolas e a fruta, que deve estar presente diariamente nos menus dos portugueses.

O documento hoje conhecido foi elaborado por um grupo de trabalho composto por 22 especialistas de 10 países, que foram convocados para o Programa de Monografias da IARC, organização com sede na cidade francesa de Lyon.

O grupo de trabalho considerou que existem "provas suficientes" de que a ingestão de carne processada está ligada ao cancro colo-rectal.

Os mesmos especialistas classificaram o consumo de carne vermelha como "provavelmente" cancerígeno para os seres humanos, com base em "provas limitadas" de que a ingestão deste tipo de alimento pode estar associada ao cancro colo-rectal, mas também ao cancro do pâncreas e ao cancro da próstata.

"Para um indivíduo, o risco de desenvolver cancro colo-rectal por consumir carne processada é pequeno, mas o risco aumenta à medida que aumenta a quantidade de carne consumida", afirmou Kurt Straif, chefe do Programa de Monografias da IARC, citado num comunicado.

E acrescentou: "Tendo em conta o grande número de pessoas que consome carne processada, o impacto global sobre a incidência de cancro é de grande importância para a saúde pública".

+ notícias: País

Jovem associado a ataques no Brasil fica em prisão preventiva

O jovem de 17 anos detido na quinta-feira no Norte do país por suspeita de homicídio qualificado e incitamento ao ódio e à violência, conduta que resultou num ataque com arma numa escola do Brasil, ficou em previsão preventiva por ordem de uma juíza de instrução criminal, avançou a CNN.

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".

Proteção Civil desconhece outras vítimas fora da lista das 64 de acordo com os critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse hoje desconhecer a existência de qualquer vítima, além das 64 confirmadas pelas autoridades, que encaixe nos critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro.