Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado defende greve como "único caminho"

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 28 mai (Lusa) - A vice-presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) disse hoje que "não há hipótese" de qualquer acordo com o Governo relativamente aos diplomas em discussão para o setor público, sendo a greve "o único caminho".

"É esse o caminho [a greve], não temos alternativa. Greves em unidade de ação", disse a sindicalista Helena Rodrigues, da estrutura afeta à UGT, que se aproxima assim da posição já assumida pela Frente Comum (CGTP) que na semana passada anunciou a intenção de preparar uma greve no setor público em junho.

Helena Rodrigues falava hoje aos jornalistas no final de uma reunião com o secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, que hoje se encontra com as três estruturas sindicais (STE, Frente Comum e FESAP) para mais uma ronda negocial.

O STE e a Frente Comum estão também já a analisar as propostas do Executivo com a intenção de avaliar a constitucionalidade dos diplomas.

"Não restam dúvidas que o Governo está a fazer é ilegal e vai dar exemplo a todo o patronato para poder despedir à vontade", disse Ana Avoila também no final do encontro com o secretário de Estado.

"Temos um constitucionalista a trabalhar já nos diplomas e vamos avançar para os órgãos de soberania e para os partidos políticos avançarem com o pedido de inconstitucionalidade. O Governo continua, sem vergonha nenhuma, a viver na ilegalidade", acrescentou.

Sobre a possibilidade, admitida na segunda-feira pelo secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, de se avançar para "uma luta mais abrangente no plano nacional" e que poderá ser convergente com a UGT, Ana Avoila diz que "todas as formas de luta são válidas".

"É preciso saber se o setor privado tem condições para avançar para uma greve, caso contrário a Frente Comum faz em junho", disse.

"Eu acho que o contexto justifica muitas greves gerais e que estejamos sempre, sempre a lutar porque é um contexto que nunca se viveu e portanto a resposta só pode ser luta", concluiu.

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