Empresários pessimistas sobre emprego até ao final do ano
Porto Canal (CYO)
Os empresários portugueses estão mais pessimistas sobre empregos que vão criar nos próximos três meses. O emprego em Portugal está a apresentar novos sinais de estagnação.
De acordo com dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística (INE), o número de postos de trabalho aumentou apenas 0,1% no mês de Agosto, face ao mesmo mês do ano passado, sendo este o registo mais fraco desde Outubro de 2013. Comparativamente a Julho, a população empregada diminuiu e o desemprego subiu ligeiramente em Agosto, interrompendo a tendência de melhoria que se sentiu desde o início do ano.
O INE revela ainda que os empresários não estão optimistas em relação à criação de emprego até ao final do ano. Isto pode ser explicado pelo facto de este ser um período marcado pelas eleições legislativas, pela preparação do Orçamento de Estado e pela indefinição sobre o futuro do Novo Banco, entre outros aspectos. O inquérito perguntava a cada um dos 4620 empresários e gestores quais eram as previsões quanto ao número de pessoas que nos próximos três meses iriam estar ao serviço e se esse número iria aumentar, estabilizar ou diminuir. Segundo os resultados, “as perspectivas de emprego agravaram-se ligeiramente nos dois últimos meses, interrompendo o crescente observado desde o início de 2013”.
Segundo o Diário de Notícias, estas estimativas de emprego e desemprego divulgadas até Agosto são “provisórias”, mas certo é que há sinais de uma “cristalização” na redução do desemprego e na subida do emprego. A camada jovem volta a ser a mais penalizada, sendo que o emprego de jovens de 15 a 24 anos caiu 3,3%.