Centenas bloqueados fronteira Hungria mantêm desejo de ir Alemanha

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Porto Canal com Lusa

Jerusalém, 15 set (Lusa) -- O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou hoje sanções mais pesadas contra atiradores de pedras (Intifada) depois do aumento de "ataques contra cidadãos e polícia" e três dias de confrontos no Monte do Templo, Esplanada das Mesquitas para muçulmanos.

"Foi decidido reforçar as medidas em diversas áreas: uma alteração das regras será examinada, assim como o estabelecimento de uma pena mínima para atiradores de pedras e pesadas multas para os menores -- e seus pais -- que cometam aqueles crimes", disse o chefe do Governo israelita, no início de uma reunião de urgência com vários ministros e responsáveis pela segurança.

Na abertura do encontro, o primeiro-ministro israelita reiterou também o seu compromisso em manter o 'status quo' do Monte do Templo.

A Intifada, ou guerra das pedras, é um levantamento palestiniano contra Israel nos territórios ocupados da faixa de Gaza e da Cisjordânia.

"Israel está comprometido em manter o 'status quo' do Monte do Templo, mas não vai permitir que amotinados impeçam os judeus de visitar o local", disse Netanyahu.

Os confrontos dos últimos dias começaram quando as autoridades israelitas entraram, no domingo, na área da mesquita de Al-Aqsa numa perseguição a um grupo de palestinianos suspeitos de esconder explosivos na cidade.

A polícia israelita forçou a entrada na mesquita de Al-Aqsa, utilizando gás lacrimogéneo para dispersar "atiradores de pedras" palestinianos. Os confrontos alastram-se depois para a rua.

As forças de segurança israelitas decidiram então encerrar a Esplanada das Mesquitas ao culto, depois dos confrontos, que ocorreram a poucas horas do início do Ano Novo Judeu.

A Esplanada das Mesquitas, que inclui a mesquita Al-Aqsa e a Cúpula da Rocha, é o terceiro lugar sagrado do Islão após Meca e Medina. É designada pelos muçulmanos como al-Haram al-Sharif (Nobre Santuário).

O lugar é igualmente venerado pelos judeus, como o Monte do Templo, sendo considerado o local mais sagrado do judaísmo.

Os palestinianos receiam que Israel esteja a tentar alterar as regras que regem o local. As autoridades israelitas desmentem qualquer intenção.

A Esplanada das Mesquitas rege-se por um 'status quo' herdado do conflito de 1967: tanto judeus quanto muçulmanos podem visitar o lugar sagrado com vista para a Cidade Velha de Jerusalém, mas os judeus não têm o direito de rezar no local.

As Nações Unidas e os Estados Unidos já pediram moderação às duas fações, enquanto a Jordânia, que tem a custódia dos lugares sagrados muçulmanos em Jerusalém ao abrigo de um acordo de paz assinado com Israel em 1994, alertou que a situação é melindrosa.

MSE (SCA) // JPS

Lusa/Fim

Horgos, Sérvia, 15 set (Lusa) -- Centenas de refugiados, que hoje estavam bloqueados na Sérvia, mantêm a determinação de prosseguir o seu caminho para a Alemanha, com alguns a esperarem a eventual reabertura da fronteira húngara e outros a pensarem contornar a Hungria.

Na noite de hoje, no centro de acolhimento dos refugiados de Presevo, no sul da Sérvia, que até agora tem acolhido os que pretendem entrar na União Europeia, alguns refugiados exibiam cartazes, segundo a imprensa sérvia, com um novo destino: Sid, uma cidade fronteiriça com a Croácia.

A informação foi confirmada à AFP por uma fonte do Alto-Comissariado da Organização das Nações Unidas para os Refugiados, em Presevo, mas não por qualquer fonte oficial sérvia.

Entretanto, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o seu homólogo austríaco, Werner Faymann, defenderam a realização rápida de uma cimeira europeia para discutir a repartição obrigatória de 120 refugiados, depois do fracasso da reunião dos ministros do Interior da UE.

A principal dificuldade continua a ser convencer os países da Europa de Leste (Hungria, República Checa, Polónia, Eslováquia e Roménia), que se mantêm reticentes a aceitar o acolhimento massivo de refugiados, num esforço de solidariedade comum.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, vai realizar consultas e anunciar uma decisão na quinta-feira.

Cerca de meio milhão de refugiados chegaram este ano à UE, depois de 280 mil no conjunto de 2014, segundo os números divulgados hoje pela agência europeia de fronteiras, Frontex.

Belgrado adiantou que é incapaz de gerir os fluxos de refugiados bloqueados na Sérvia, desde hoje, depois do fecho da fronteira por Budapeste.

"A ideia de reenviar para a Sérvia todos os refugiados, quando outros não param de chegar, provenientes da Grécia e Macedónia, é inaceitável", protestou o chefe da diplomacia, Ivica Dacic.

"Exorto a Hungria e reabrir a sua fronteira aos refugiados. Pelo menos, às mulheres e crianças", disse à AFP o seu colega encarregado das relações com os refugiados, Aleksandar Vulin, no posto fronteiriço de Horgos, onde se encontrava uma centena de refugiados hoje à noite.

Em Belgrado, a maior parte dos refugiados interrogados pela AFP assegurou que preferem esperar a reabertura da fronteira pelos húngaros, mais do que seguir por outras rotas.

"Disseram-nos que havia um caminho pela Croácia e Eslovénia, mas também nos disseram que se a polícia eslovena nos apanhasse mandava-nos de volta opara a Sérvia, e até para o Afeganistão", afirmou Alisina, um adolescente afegão, de 15 anos, que interrompeu a sua marcha em Belgrado. "Não podemos fazer marcha atrás. Eu perdi a minha família, os meus pais, um irmão e uma irmã. Não tenho sítio para onde ir", declarou, enquanto irrompia num choro convulsivo.

Com recurso ao exército, Budapeste fechou toda a sua fronteira com a Sérvia aos refugiados, por onde passou a grande maioria dos 200 mil refugiados que transitaram este ano pelo país.

Agora, o governo húngaro, de Viktor Orbán, pretende construir uma nova barreira, desta vez na fronteira com a Roménia, o que já levou a protestos das autoridades de Bucareste.

RN // JPS

Lusa/fim

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