PS quer que Passos esclareça venda do Novo Banco e custos para os contribuintes

| Política
Porto Canal com Lusa

Arouca, Aveiro, 11 set (Lusa) -- O dirigente socialista Pedro Nuno Santos disse hoje que o primeiro ministro tem de prestar esclarecimentos sobre a venda do Novo Banco e os custos de um eventual adiamento para os portugueses.

"O Partido Socialista está profundamente preocupado com as notícias que saíram hoje sobre o processo de venda do Novo Banco e exige que sejam prestados esclarecimentos urgentes por parte do governo. Temos de saber se essas notícias se confirmam, se o concurso internacional vai ou não ser cancelado ou adiado, e o que é que isso significa para o país, nomeadamente para o cálculo do défice de 2014 e 2015", declarou.

O cabeça de Lista do PS por Aveiro falava aos jornalistas, à margem de uma ação de pré-campanha junto ao mosteiro de Arouca, em que considerou que cabe ao primeiro-ministro e não ao governador do Banco de Portugal esclarecer a situação, tanto mais que "está a ser feito um teste de stress e as notícias relatam que o Novo Banco tem necessidade de uma injeção de capital".

"É importante que Passos Coelho não volte a passar culpas sobre esta matéria e se esconda atrás do governador do Banco de Portugal, porque quem tem de prestar esclarecimentos ao povo português é o primeiro-ministro e não o regulador", disse.

Para o dirigente socialista "era importante que Passos Coelho não fosse imprudente desta vez, como quando anunciou ao país que tinha encontrado uma solução perfeita, sem custos para o contribuinte".

Nos esclarecimentos pretendidos, Pedro Nuno Santos quer que Passos Coelho diga a quem caberá suportar os custos, se houver necessidade de injetar capital: se aos bancos através do Fundo de Resolução, ou se haverá mais um empréstimo do Estado.

"Não sendo vendido agora o Novo Banco, isso imputará ao défice de 2014, e se houver uma nova injeção de capital, importa saber como fica o défice de 2015", observou.

Questionado sobre a oportunidade da venda, Pedro Nuno Santos escusou-se a comentar, alegando que "o PS, não estando no governo não está na posse da informação sobre o que está a acontecer" e não pretender "criar problemas ao processo negocial".

MSO // SMA

Lusa/fim

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