Mais de 3.500 taxistas manifestaram-se no Porto, Lisboa e em Faro contra a empresa Uber
Porto Canal (LRF)
Mais de 3.500 taxistas manifestaram-se esta terça-feira nas cidades do Porto, Lisboa e em Faro contra a empresa de transportes de passageiros, Uber. Os manifestantes acusam a empresa de concorrência desleal.
Actualizado 09-09-2015 15:35
Na cidade do Porto cerca de 800 taxistas participaram numa marcha lenta que se iniciou no Castelo do Queijo, percorrendo a Baixa, a VCI, o aeroporto que acabou por voltar ao ponto de partida.
Todo o percurso foi feito sem qualquer incidente e sempre acompanhados pelo dispositivo policial, juntamente com os taxistas portuense juntaram-se outros taxistas do Norte e Centro do país.
Já a marcha lenta em Lisboa conseguiu reunir cerca de três mil táxis, que partiu do Parque das Nações em direcção ao Ministério da Justiça, na Praça do Comércio.
Na Avenida das Forças Armadas, ocorreram arremessos de ovos entre manifestantes e taxista que se encontravam em serviço.
Mais de centena e meia de taxista reuniram-se em Faro protestaram-se também numa marcha lenta desde o Parque das Cidades até ao estádio Algarve.
O Tribunal Central de Lisboa aceitou uma providência cautelar interposta pela ANTRAL a 28 de Abril deste ano, proibindo os serviços da aplicação de transportes Uber em Portugal, decisão que foi confirmada pelo mesmo tribunal em Junho.
Contudo, a ANTRAL acusa a Uber de continuar a trabalhava antes da decisão do tribunal.
Entretanto a empresa já reagiu em comunicado e em vídeo no Youtube.
Pires de Lima diz entender taxistas e que Uber deve ter regras próprias
O ministro da Economia, António Pires de Lima, disse esta terça-feira à Lusa entender os protestos dos taxistas contra a Uber e que o serviço seja encarado como uma "ameaça", sublinhando que deve ter regras próprias e ser enquadrado.
“Entendo o sentido ou, pelo menos, julgo entender uma parte do sentido dos seus protestos”, disse, aos jornalistas, acrescentando que a Uber é um serviço que deve ter “regras próprias” e que precisa de ser “enquadrado”.