CGTP acusa o Governo de ter promovido uma “destruição brutal” de mais de 220 mil postos de trabalho

CGTP acusa o Governo de ter promovido uma “destruição brutal” de mais de 220 mil postos de trabalho
| Economia
Porto Canal (AYS)

A CGTP acusa o Governo de ter promovido uma “destruição brutal” de mais de 220 mil postos de trabalho nos últimos quatro anos e que os números do desemprego apresentados esta quarta-feira não correspondem a realidade.

“Passados quatro anos, a destruição de postos de trabalho foi brutal. Em comparação com o período homólogo de 2011, quando este Governo entrou em funções, foram mais de 220 mil postos de trabalho destruídos. O Governo diz que a descida é histórica, mas o que é histórico é a destruição de emprego”, disse Armando Farias à agência Lusa.

De acordo com as contas elaboradas pela CGTP o INE deixa de fora 500 mil emigrantes, 242 mil trabalhadores inactivos disponíveis e 500 mil em situação de emprego e subemprego.

O dirigente sindical referiu ainda que cerca de dois terços dos empregos criados são incertos e que o número de desempregados de longa duração continua a aumentar, fixando-se já nos 64%.

Acresce ainda que “mais de 50% dos trabalhadores actualmente no desemprego não têm, nem subsídio de desemprego, nem subsídio social de desemprego”, segundo o responsável.

Referiu ainda que uma parte do emprego criado são estágios profissionais, que contam actualmente com cerca de 100 mil trabalhadores. Em relação aos trabalhadores por conta própria, e numa comparação face ao ano passado, houve uma quebra de 6,7%, de acordo com a CGTP.

“Do nosso ponto de vista, e olhando com algum rigor, não há crescimento económico sustentado. Há algum emprego que é precário o que significa que parte desses trabalhadores voltarão novamente a situações de desemprego e o que se revela aqui com maior relevância é que neste período de quatro anos foi brutal esta destruição de emprego”, sublinhou.

Acrescenta que “enquanto não forem resolvidos os principais problemas do ponto de vista de política macroeconómica – o défice e a dívida – não vamos ter crescimento económico sustentado [… ]e o problema mantém-se, porque o problema do desemprego é estrutural”.

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