A CGTP diz estar “preocupadíssima” com os números do desemprego

A CGTP diz estar “preocupadíssima” com os números do desemprego
| Economia
Porto Canal (AYS)

A CGTP afirmou esta quinta-feira estar 'preocupadíssima' com os números do desemprego divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, considerando que evidenciam um “desemprego estrutural profundamente preocupante” agravado pela “degradação da qualidade do emprego, salários e protecção social”.

“Estamos 'preocupadíssimos' com aquilo que se está a passar e entendemos que, por mais manipulações ou tentativa de aproveitamento de números, o que importa é ter presente a realidade concreta do país em todas as suas vertentes. Estes números do desemprego, mais a mais divulgados nesta época sazonal em que por norma até é criado algum emprego precário, ao contrário do que o Governo procura fazer crer, não nos satisfazem e muito menos nos deixam descansados” disse o secretário-geral em declarações à agência Lusa.

“Há que ter consciência que a maior parte do emprego que está a ser criado é precário e que a precariedade continua a ser uma antecâmara do desemprego” acrescenta.
“Uma parte dos trabalhadores que agora foram contratados daqui a poucos meses, quando terminar esta época de sazonalidade, corre o risco de voltar novamente ao desemprego ou de ser inserido em programas de estágios ou outros, precisamente para manipular as estatísticas do desemprego e para procurar dar a ideia que as coisas estão a melhorar”, sustentou.

E alertou “não só a um desemprego estrutural que é profundamente preocupante, como a uma degradação da qualidade do emprego e dos salários e da protecção social, que é ainda mais preocupante”.

“Não se tem em consideração que temos cerca de 1,3 milhões de pessoas que estão desempregadas ou sub-ocupadas: os desempregados oficiais; as dezenas de milhares de pessoas que, estando desempregadas, estão inseridas nos contratos emprego inserção; as dezenas de milhares de estagiários dos quais mais de dois terços não se fixa na empresa; os inactivos e os desencorajados”, afirmou Arménio Carlos.

“É preciso não esquecer as cerca de 500 mil pessoas que, nos últimos cinco anos, abandonaram o país e deixaram de constar dos números”, assim como o facto de “mais de metade dos desempregados neste momento não receberem qualquer tipo de protecção social “acrescentou.

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