Lesados do BES querem solução igual para clientes de papel comercial da Espart
Porto Canal / Agências
Em comunicado, a AIEPC lembra que "existem 350 famílias lesadas em papel comercial Espart, vendido da mesma forma enganosa que Esi e Rioforte, sendo que sobre estes nada é referido pela CMVM [Comissão do Mercado de Valores Mobiliários] em particular", após o presidente do regulador, Carlos Tavares, ter estado no parlamento em audição.
"Pelo contrário, estes 350 clientes estão a ser subtraídos aos anteriores 2.508 lesados para os atuais 'pouco mais de 2.000' como é referido na inquirição ao senhor doutor Carlos Tavares", adianta a associação.
Segundo os lesados em papel comercial vendido aos balcões do Banco Espírito Santo (BES), "os 210 associados [ligados à Espart], com um valor único de 50.000 euros depositado, acredita hoje ser mais difícil chegar a uma solução que os restantes lesados do Grupo GES".
A AIEPC recorda ainda que a Espart/Espírito Santo Property "não cumpriu com a primeira 'tranche' de pagamento do Programa Especial de Rivalitalização (PER)", o que vem confirmar as dúvidas da associação "acerca das expectativas dos clientes serem ressarcidos".
A ESproperty está envolvida num processo de PER, em que a primeira 'tranche' deveria ter sido liquidada até dia 08 de julho, o que não aconteceu, pelo que "este acontecimento vem confirmar as preocupações dos lesados Espart sobre a falta de garantias e reais expectativas de pagamento".
Assim, a AIEPC considera que os detentores de papel comercial da Espart "estão abandonados e em situação potencialmente mais complicada que os restantes em virtude do PER".
AJG // MSF
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