Fogo de Oliveira de Frades e Sever de Vouga consumiu 1.200 hectares

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Porto Canal / Agências

Viseu, 28 ago (Lusa) - O incêndio que lavrou nos concelhos de Oliveira de Frades e Sever de Vouga, nos últimos três dias, terá consumido entre 1.200 a 1.500 hectares, disseram hoje à Lusa autarcas dos distritos de Viseu e de Aveiro.

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Sever de Vouga, Manuel Soares, explicou que embora ainda não tenha um cálculo exato do que foi consumido pelas chamas, acredita que terá ardido uma área entre 1.200 e 1.500 hectares.

"Estimamos que tenha ardido nos dois concelhos (Sever de Vouga e Oliveira de Frades) entre 1.200 e 1.500 hectares. O posto de comando que esteve montado no local acabou por fazer uma visita aérea e apontou para estes números", revelou.

Apesar de lamentar que tenha ardido uma extensa área, Manuel Soares congratulou-se com o facto de não se terem registado outro tipo de prejuízos.

"Ardeu floresta privada e de baldio, mas felizmente não ardeu nenhuma habitação, fábrica ou aviário. Chegámos a temer o pior, com o fogo a bater em algumas paredes e com a zona industrial a ficar cercada pelas chamas", explicou.

O autarca de Sever de Vouga sublinhou que o concelho a que preside fica situado numa zona de alto risco e muito fustigada pelos incêndios, com parcos acessos, o que dificulta o combate às chamas.

"Contratámos uma máquina de rasto que colocámos à disposição do posto de comando e que utilizaram como entenderam para de algum modo terem alguma ajuda", alegou.

Também o presidente da Câmara de Oliveira de Frades, Luís Vasconcelos, desconhece a extensão exata da área ardida, embora estime que tenham sido consumidos cerca de 500 hectares no seu concelho.

"Dos 500 hectares que devem ter ardido, cerca de 400 já tinham ardido há sete anos. Nessa zona nasceu pinho espontaneamente, mas que, segundo especialistas, muito dificilmente voltará a nascer", sustentou.

O autarca de Oliveira de Frades recordou que aquando do último grande incêndio que assolou o concelho, "o secretário de Estado da altura prometeu a sua reflorestação, o que não se verificou".

Em Oliveira de Frades não se contabilizaram outros prejuízos, apesar de ter estado em risco a povoação de Várzea e alguns aviários.

"Conseguimos proteger os bens materiais e a única coisa que ardeu foi a tubagem da água nas povoações de Várzea e Sobreira, na freguesia de Reigoso. As tubagens já foram repostas", concluiu.

O incêndio teve início ao final da manhã de domingo em Feitalinho/ Arcozelo das Maias, no concelho de Oliveira de Frades, distrito de Viseu, estendendo-se no dia seguinte até ao concelho de Sever de Vouga, no distrito de Aveiro.

Ao final do dia de segunda-feira, o fogo foi dado como dominado. No entanto, voltou a reacender durante a madrugada de terça-feira, para ficar novamente dominado por volta das 15:00.

CMM // SSS

Lusa/fim

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