Os líderes dos principais partidos gregos demonstraram o apoio a Tsipras nas negociações com os credores e as Instituições europeias. O primeiro-ministro grego já 'arranjou' substituto para Yanis Varoufakis, que se demitiu do cargo de ministro das Finanças. Bruxelas não reduz dívida.

A união entre os dois partidos da coligação e os três partidos da oposição levou o ministro da Defesa grego, Panos Kammenos, a falar numa "nova era" na política da Grécia. Citado pela Associated Press, Kammenos afirma que esta união aumentará as hipóteses da Grécia de conseguir um acordo com os credores e as instituições europeias que seja mais favorável ao país. Apenas o KKE, partido comunista, se excluiu do apoio a Tsipras.

Euclid Tsakalotos, economista de 55 anos, foi o escolhido para assumir as funções de ministro das Finanças, vaga deixada em aberto pela demissão de Yanis Varoufakis na manhã desta segunda-feira. Varoufakis justificou a sua saída como uma forma de facilitar as negociações com os credores, uma vez que os mesmos não o queriam nas negociações em Bruxelas.

Bruxelas pôs entretanto de parte, a hipótese de reduzir a dívida grega, algo que era defendido pelo Primeiro-ministro Tsipras e por um relatório do FMI publicado a semana passada. Sigmar Gabriel, vice-chanceler alemão afirmou em conferência de imprensa, que perdoar parte da dívida grega, implicaria perdoar também Portugal, Espanha e Irlanda, que seria algo que o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) não conseguiria suportar.