Efromovich também apresentou "uma proposta melhorada" - oficial

| Economia
Porto Canal / Agências
Lisboa, 05 jun (Lusa) - Germán Efromovich, um dos dois candidatos à compra de até 66% da TAP apresentou "uma proposta melhorada", a qual "vai ao encontro do objetivo de modernização e desenvolvimento" da operadora aérea portuguesa, disse hoje fonte oficial do empresário.

Germán Efromovich e David Neeleman tinham até hoje às 17:00 para entregarem as propostas finais para a privatização da TAP, que deveriam ser uma versão melhorada das candidaturas apresentadas a 15 de maio.

A fase de negociações com os candidatos escolhidos pelo Governo para melhorarem as propostas de aquisição das ações da TAP teve início no dia 27 de maio, tendo os dois concorrentes mostrado abertura para melhorar aspetos técnicos e até financeiros da proposta inicial, adiantou o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro.

"Findo o período de negociações com o Governo, esta candidatura entregou, na data e hora previstas, uma proposta melhorada relativamente à privatização da TAP, proposta essa que vai ao encontro do objetivo de modernização e desenvolvimento desta companhia aérea, como empresa de referência", disse fonte oficial de Eframovich.

Também David Neeleman, patrão da companhia aérea brasileira Azul, afirmou hoje que entregou uma proposta melhorada para a compra da operadora aérea portuguesa.

"Entregámos a nossa proposta final e melhorada. Mais do que uma proposta é um compromisso de investimento e de crescimento para a TAP", afirmou Neeleman, em declarações enviadas à Lusa.

Na corrida à privatização da TAP estão Germán Efromovich, patrão da operadora aérea Avianca e do grupo Synergy, e David Neeleman, dono da companhia aérea brasileira Azul, em parceria com Humberto Pedrosa, do grupo Barraqueiro.

O Governo não tem um prazo para se pronunciar sobre as propostas, mas é possível que a privatização da TAP seja decidida em Conselho de Ministros já na próxima semana.

Segundo o caderno de encargos, o comprador tem que assegurar o reforço da capacidade económico-financeira da empresa e assumir compromissos de estabilidade laboral.

A capitalização é o primeiro de nove critérios para a escolha do futuro dono da TAP, seguido pelo valor da oferta e projeto estratégico, segundo o caderno de encargos.

O valor oferecido pelo capital a alienar pelo Estado, num limite máximo de 66% nesta primeira fase, surge em segundo lugar no artigo 5.º do documento, aparecendo depois a "apresentação e garantia de execução de um adequado e coerente projeto estratégico, tendo em vista a preservação e promoção do crescimento da TAP".

Além de ter que capitalizar a empresa, o comprador assume uma dívida remunerada superior a 1.000 milhões de euros, de acordo com o relatório e contas de 2014.

ALU(JNM)// ATR

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