Governo defende venda da TAP apesar do risco de quebra de confiança dos investidores
Porto Canal
A resposta dada pelo Governo nesta quinta-feira ao Supremo Tribunal Administrativo pode impedir a suspensão da venda da empresa TAP, desencadeada pela providência cautelar da Associação Peço a Palavra que se encontra suspensa devido à falta de confiança dos investidores.
A resolução aprovada em Conselho de Ministros aponta para os perigos de parar o processo nesta fase visto que o prazo de entrega de propostas finais de compra da empresa terminam hoje.
Segundo o jornal Público é possível apurar que a resolução fundamentada invoca o interesse público, a segunda apresentada pelo Governo no período de 15 dias prossegue com esta privatização, argumentando que a suspensão da venda neste momento seria crítica, destruindo a confiança depositada pelos investidores e demovendo-os de fazer novas propostas pela TAP no futuro, se o processo tivesse de ser relançado.
O executivo defende ainda que todo o calendário se vai manter conforme delineado e que no dia de hoje se vai dar início a uma etapa importante, por isso, pede que seja retirada a proibição de exercer actos administrativos tendentes à alienação da companhia de aviação.
Independentemente da invocação da parte do Governo junto do Supremo Tribunal Administrativo, o interesse público da venda da companhia para prosseguir com a operação, a Associação Peço a Palavra diz não estar disposta a desistir. O seu promotor, António-Pedro Vasconcelos, explicou na quarta-feira que já estava a ser preparada a oposição à resolução que o Conselho de Ministros viria a aprovar ontem.