TAP planeia cancelar rotas para ultrapassar prejuízos da greve

TAP planeia cancelar rotas para ultrapassar prejuízos da greve
| Economia
Porto Canal (JYL)

A TAP entregou, na segunda-feira, um plano para ultrapassar as dificuldades financeiras da empresa ao Governo. A proposta prevê o cancelamento de novas rotas no período de inverno e mantém em suspenso algumas ligações que já tinha decidido suprimir durante a época alta.

Segundo o Público, a contenção de custos exigida pelo Governo à companhia aérea, na sequência dos 35 milhões de prejuízos provocados pela greve, poderá fazer-se sentir ainda durante o Verão, no entanto, terá o seu pico quando terminarem os meses mais quentes. Uma reprogramação que já é habitual na indústria, mas que terá de ser intensificada dada a situação em que a tesouraria da empresa se encontra.

É provável que estes cortes tenham influência directa ao nível da estrutura de pessoal da companhia, apesar de haver um factor que não pode ser negligenciado: o acordo a que o Governo chegou com oito sindicatos em Dezembro e que impede que, depois da privatização, haja despedimentos colectivos durante 30 meses ou enquanto o Estado for accionista.

Em suma, apesar de os maiores ajustes na operação poderem vir a ocorrer apenas na época baixa, não é de afastar uma reestruturação antes da venda . Contudo a transportadora aérea poderá sempre optar por vias menos drásticas, seja através da abertura de um programa de rescisões por mútuo acordo ou de um acelerar das pré-reformas.

Outro caminho que também poderá ser desbravado é o da redução das despesas com salários, nomeadamente no pagamento de horas extraordinárias.

Uma das medidas que chegou a estar em cima da mesa foi o adiamento da entrega dos 12 aviões A350, que a TAP pretende receber entre 2017 e 2019, apurou o Público. Um dos cenários estudados pela administração passava pela suspensão por um ano da encomenda destes equipamentos que são considerados estratégicos, não só porque permitem voar para destinos onde a TAP ainda não conseguiu chegar, como a China, mas também pela poupança de combustível que asseguram (a rondar os 25%, de acordo com estimativas da Airbus).

O adiamento permitiria aliviar já a tesouraria, uma vez que, quanto mais perto da data de entrega, mais crescem os valores que a companhia de aviação tem de ir pagando à fabricante europeia. O preço de tabela destes 12 novos aviões ronda os 2700 milhões de euros, mas o montante é sempre sujeito a um desconto quando a encomenda é feita com antecedência, como aconteceu neste caso. No entanto, a medida acabou por cair nos últimos dias e já não constará no plano apresentado.

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