Grécia e Eurogrupo sem entendimento nas pensões e reforma salarial

Grécia e Eurogrupo sem entendimento nas pensões e reforma salarial
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Porto Canal (JYL)

A reunião desta segunda-feira entre a Grécia e o Eurogrupo não trouxe entendimento nas pensões e reforma salarial. Tsipras conta que saia "uma declaração" sobre os avanços nas negociações. Segundo fonte europeia não houve progressos no fim de semana. Credores não vão aceitar acordo sem que gregos mexam nas pensões e mercados laboral

Yanis Varoufakis sentou-se novamente à mesa com os restantes ministros das Finanças da zona euro, esta segunda-feira. A Grécia está na agenda da reunião do Eurogrupo em Bruxelas mas apenas para que seja feito "um ponto de situação". O Governo de Alexis Tsipras tem demonstrado optimismo quanto ao resultado da reunião, apesar da falta de um acordo que desbloqueie os 7,2 milhões de euros de que os cofres gregos precisam.

O primeiro-ministro grego afirmou, este domingo, que supõe que do encontro do Eurogrupo resulte uma "declaração clara" que saliente os avanços conseguidos nas negociações com os credores. Uma declaração conjunta final teria o objectivo de fazer os 19 ministros da moeda única falarem a uma só voz que deixasse antever que gregos e credores estão mais perto de chegarem a um acordo.

Os alertas de bancarrota voltaram quando Wolfgang Schäuble, o ministro alemão das Finanças, afirmou que "casos um pouco por todo o mundo têm mostrado que um país pode subitamente entrar em insolvência". Uma declaração conjunta dos ministros do euro poderia também dar um sinal ao Banco Central Europeu (BCE) para ajudar na situação de liquidez dos cofres gregos, continuando, por exemplo a aumentar o tecto da linha de emergência de liquidez (ELA) ou permitindo o aumento do limite de emissão de dívida de curto prazo por parte do Tesouro helénico.

Contudo, não houve desenvolvimentos "a nível técnico" durante este fim de semana e, apesar do melhor clima de negociação com instituições da troika, o governo grego continua a não querer ceder nas chamadas "linhas vermelhas", revelou fonte europeia ao Expresso.

O próprio coordenador grego das negociações com a Comissão Europeia, o BCE e o FMI, reconhece que Atenas e as instituições estão ainda “politicamente distantes” quando o assunto são os cortes nas pensões e nos salários e as questões laborais. Estas são matérias que “ficarão em aberto até ao último minuto”, disse Euclid Tsakalotos.

Sem quebrar promessas eleitorais e sem recorrer a mais austeridade, o governo prossegue com a tentativa de chegar a um entendimento. No entanto, fontes europeias e diplomáticas adiantam que não é possível fechar um acordo sem tocar nos dossiês das pensões, das privatizações e da reforma do mercado laboral.

"Após semanas de negociações muito duras, se o outro lado estiver disponível tornar-se-á evidente que o acordo está muito próximo", disse ainda Tsakalotos em declarações ao jornal grego “Avgi”. Mas do outro lado, o dos credores, não há para já qualquer vontade para fechar a última avaliação do resgate sem tocar nos temas sensíveis.

Nesta segunda-feira, na reunião, os ministros poderão voltar a dizer a Yanis Varoufakis que se o governo grego tem linhas vermelhas, os países credores também. O Eurogrupo deverá continuar a persistir em progressos concretos e "ao nível do conteúdo" nas negociações com as instituições. Sem a “luz verde” conjunta do BCE, do FMI e da Comissão, o Eurogrupo também não dará o seu aval político.

Deverá ser também a ocasião para esclarecer se, de facto, Varoufakis tem um plano diferente do que está a ser agora negociado com a troika.Um plano que, segundo o “The Wall Street Journal”, foi mostrado pelo ministro grego aos homólogos das Finanças, nas viagens que fez, na semana passada, a Madrid, Roma e Paris.

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