Ministro espera até sexta-feira para primeira análise a combustíveis 'low cost'

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 15 abr (Lusa) - O ministro da Energia disse hoje que pretende esperar até sexta-feira para fazer uma primeira análise à introdução de combustíveis simples, ou seja, gasóleo e gasolina sem aditivos e por isso mais económicos, nos postos de abastecimento.

"Vamos ter de esperar até sexta-feira. Nestas coisas não vale a pena fazer análise e muito menos retirar conclusões sobre uma matéria que só vamos conhecer a partir de sexta-feira", vincou Jorge Moreira da Silva, em declarações aos jornalistas no ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, em Lisboa.

Os preços, acrescentou, "só serão conhecidos na sexta-feira, no momento em que todas as gasolineiras terão de disponibilizar" os combustíveis 'low cost'.

"Por que razão haveremos de na quarta-feira condenar ao fracasso uma reforma que só vai conhecer a sua verdadeira dimensão a partir de sexta-feira?", questionou o governante.

Os postos de abastecimento vão passar a vender combustíveis simples, ou seja, gasóleo e gasolina sem aditivos e por isso mais económicos a partir da próxima quinta, sem que se saiba ainda qual será a poupança para os consumidores.

A lei nº. 6/2015, publicada no dia 16 de janeiro, obriga todos os postos de combustível do território continental a disponibilizar combustíveis simples.

Hoje, a DECO afirmou que "não há nada a temer em relação à qualidade dos combustíveis simples", com base nas conclusões de um estudo realizado há dois anos pela associação para a defesa do consumidor.

"Há dois anos, em dezembro de 2012, fizemos um estudo -- um teste pioneiro a nível mundial -- em que pusemos em confronto gasóleo aditivado ['premium'], com versão regular e duas marcas 'low cost' (Galp Gforce, Galp Hi-Energy, Jumbo e Intermarché) e o resultado foi que não existem diferenças entre os combustíveis a não ser no preço", afirmou hoje Vítor Machado, coordenador de centro de produtos e serviços da DECO.

Em declarações à Lusa, o responsável da DECO adiantou que "não existe nenhum indicador que leve a pensar que têm menos qualidade, que podem danificar ou prejudicar o motor nem que são mais poluentes", considerando que "nessas três vertentes não se verificaram diferenças que justificassem o preço superior que era praticado".

Em dezembro, quando o decreto-lei foi aprovado, o ministro da Energia, Moreira da Silva, defendeu que a nova legislação "reforça a liberdade de escolha dos consumidores e leva mais longe o objetivo de coesão territorial, permitindo aos consumidores distinguirem de forma clara entre a gasolina e o gasóleo rodoviários simples e a gasolina e o gasóleo rodoviários submetidos a processos de aditivação suplementar, possibilitando uma escolha consciente e informada sobre o que estão de facto a comprar".

PPF (JNM/EA) // ATR

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