Zona euro nega à Grécia devolução de 1,2 mil ME pelo fundo de estabilização
Porto Canal / Agências
Bruxelas, 25 mar (Lusa) -- O grupo de trabalho do Eurogrupo considerou hoje que não há "motivo legal" para devolver à Grécia 1200 milhões de euros que reclama do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, em mais uma contrariedade para os cofres públicos helénicos.
Após o debate sobre a exigência do Executivo grego, o porta-voz do fundo europeu disse em comunicado que "houve acordo que, legalmente, não houve reembolso excessivo" por parte da Grécia, estando agora a analisar-se como vai evoluir este processo em que a Grécia reclama 1,2 mil milhões de euros.
Esta é mais uma contrariedade para o novo Governo grego, uma vez que a devolução deste montante seria um pequeno balão de oxigênio para os cofres públicos, que já estão com dificuldades de liquidez e quando o país tem de reembolsar 15,5 mil milhões de euros aos seus credores entre março e agosto.
Em fevereiro, o novo Governo grego devolveu ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira 10,9 mil milhões de euros em obrigações emitidas por este para recapitalização dos bancos gregos e que não foram utilizados.
No entanto, o Executivo veio a perceber que na recapitalização da banca grega houve 1,2 mil milhões de euros que vieram de reservas próprias do fundo de estabilização bancário helénico.
A recapitalização usando reservas próprias do fundo grego foi feita por decisão do anterior Governo, liderado por Antonis Samaras ,apesar de o fundo de estabilização ainda ter os tais 10,9 mil milhões de euros em dívida do fundo europeu que poderiam ser usados em injeções de dinheiro aos bancos gregos.
Assim, o Governo de Alexis Tsipras defende a devolução desse montante.
Segundo disse à France Presse uma fonte envolvida neste grupo de trabalho, Atenas não tem sido bem-sucedida neste tema porque está previsto legalmente que todas as obrigações não utilizadas do fundo de estabilização europeu devem ser devolvidas.
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