Primeiro-ministro defende criação de Fundo Monetário Europeu e saída do BCE da 'troika'

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 20 fev (Lusa) - O primeiro-ministro defendeu hoje a criação de um Fundo Monetário Europeu e a saída do Banco Central Europeu da 'troika' defendendo que, no futuro, se poderá dispensar também a intervenção do Fundo Monetário Internacional nesta instância.

No debate quinzenal na Assembleia da República, no período em que era questionado pelo CDS-PP, Pedro Passos Coelho fez questão de responder a perguntas anteriores do líder parlamentar do PS, Ferro Rodrigues, sublinhando que "a experiência de funcionamento de 'troika' deixou muitas lições para futuro e o Governo português tem vindo a tirá-las e já as comunicou também" nas instâncias internacionais.

"Por exemplo, ainda no último Conselho Europeu tive a oportunidade de dizer que era importante que pudesse ser criado o Fundo Monetário Europeu que viesse a absorver o Mecanismo Europeu de Estabilidade", disse. Para Passos Coelho, "há efetivamente um conflito de interesses no BCE [Banco Central Europeu], que não pode estar a desenvolver programas que podem envolver a compra de dívida soberana de um determinado país e estar ao mesmo tempo sentado à mesa das negociações com esse país a estabelecer as condições de emissão da própria dívida".

"Há uma incompatibilidade, é preciso tirar o BCE da 'troika'", defendeu.

SMA // ZO

Lusa/fim

+ notícias: Economia

Bruxelas elogia cortes "permanentes de despesa" anunciados pelo Governo

A Comissão Europeia saudou hoje o facto de as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro se basearem em "reduções permanentes de despesa" e destacou a importância de existir um "forte compromisso" do Governo na concretização do programa de ajustamento.

Bruxelas promete trabalhar "intensamente" para conluir 7.ª avaliação

Bruxelas, 06 mai (Lusa) -- A Comissão Europeia está empenhada em trabalhar "intensamente" para terminar a sétima avaliação à aplicação do programa de resgate português antes das reuniões do Eurogrupo e do Ecofin da próxima semana, mas não se compromete com uma data.

Euribor sobe a três meses e mantém-se no prazo de seis meses

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- A Euribor subiu hoje a três meses, manteve-se inalterada a seis meses e desceu a nove e 12 meses, face aos valores fixados na sexta-feira.