José Honório esteve no banco com "espírito de missão" mas realidade foi "distinta" do imaginado

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 29 jan (Lusa) - O ex-administrador do BES e do Novo Banco José Honório disse hoje que aceitou o convite para ir para o BES com "espírito de missão" e em nome do "interesse nacional", mas a realidade foi "distinta" do imaginado.

"Quer o dr. Vítor Bento, quer o senhor governador [Carlos Costa], colocaram-me o assunto como tratando-se de uma missão patriótica de superior interesse nacional. E a ideia que me foi transmitida foi a de que o BES era um banco sustentável, sobretudo após se ter realizado, com sucesso, um recente aumento do seu capital social no montante de cerca de mil milhões de euros", declarou Honório, que esteve nas equipas de Vítor Bento no BES e depois no Novo Banco.

O responsável falava na comissão de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES), onde está a ser ouvido desde cerca das 16:00.

José Honório diz que aceitou o convite para ser administrador do BES imbuído de um "espírito de missão" e "convencido da viabilidade do banco, da necessidade de estabilizar a sua gestão e de recuperar a sua imagem e credibilidade junto de investidores, clientes e do público em geral".

"A realidade com que me deparei no banco foi, todavia, completamente distinta daquela que me havia sido relatada e de tudo o que poderia imaginar", assinalou perante os deputados.

A comissão de inquérito arrancou a 17 de novembro passado e tem um prazo total de 120 dias, que pode eventualmente ser alargado.

Os trabalhos dos parlamentares têm por intuito "apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos, e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo do GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades".

PPF // ATR

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