Clima económico cai "de forma ténue" em Novembro

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 18 dez (Lusa) - O indicador de clima económico "diminuiu de forma ténue" em novembro e o indicador de consumo privado registou uma subida "menos expressiva" em outubro, segundo a síntese económica de conjuntura do Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com o INE, o indicador de confiança dos consumidores agravou-se na Área Euro (AE) em novembro, enquanto o indicador de sentimento económico recuperou ligeiramente, tendo os preços das matérias-primas subido em cadeia 1,2% e os do petróleo caído 7,7%, respetivamente (-1,1% e -8,3% em outubro).

Já em Portugal, o indicador de clima económico caiu "de forma ténue", após estabilizar no valor mais elevado desde julho de 2008, fixando-se em 0,5 pontos em novembro (0,7 pontos em outubro e -1,1 em termos homólogos).

O indicador quantitativo do consumo privado apresentou um crescimento homólogo "menos expressivo" em outubro, "refletindo sobretudo o abrandamento do consumo corrente" e situou-se nos 2,8 pontos (3,5 pontos em setembro e 2,1 face ao mesmo período do ano anterior).

Já o indicador qualitativo do consumo, que se baseia nas opiniões recolhidas junto dos empresários do comércio a retalho, manteve-se estável nos -0,2 pontos.

Em novembro, o indicador de confiança dos consumidores melhorou, situando-se nos -22,3 pontos, face aos -24 pontos registados em outubro e aos -41,8 pontos verificados no mesmo mês do ano anterior.

"O indicador de atividade económica diminuiu ligeiramente em outubro (de 2,9 em setembro para 2,8 pontos) e os indicadores de curto prazo (ICP) apresentaram sinais negativos sobre a evolução da atividade na indústria, na construção e obras públicas e em setores de serviços", mostra ainda o INE.

Em outubro, o indicador de Formação Bruta de Capital Fixo "aumentou significativamente", e fixou-se nos 1,9 pontos, devido ao "contributo positivo" das componentes de material de transporte e de máquinas e equipamentos e do contributo negativo menos acentuado da componente de construção.

Relativamente ao comércio internacional de bens, as exportações aumentaram 4,1% e as importações cresceram 2% em outubro (1,5% e 2,9% em setembro, respetivamente).

De acordo com as estimativas mensais do Inquérito ao Emprego, acrescenta ainda o INE, a taxa de desemprego (15 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, foi 13,4% em outubro (13,3% em setembro).

A estimativa da população empregada (15 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, estabilizou face ao mês anterior e aumentou 1,6% em termos homólogos.

O Índice de Preços no Consumidor (IPC) apresentou uma variação homóloga mensal nula em outubro e novembro (-0,4% em agosto e setembro).

Em novembro, as taxas de variação das componentes de bens e serviços estabilizaram em -0,7% e 1%, respetivamente, enquanto a taxa de variação homóloga mensal do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) foi 0,2 pontos percentuais inferior à da AE em novembro.

JMG // CSJ

Lusa/fim

+ notícias: Economia

Bruxelas elogia cortes "permanentes de despesa" anunciados pelo Governo

A Comissão Europeia saudou hoje o facto de as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro se basearem em "reduções permanentes de despesa" e destacou a importância de existir um "forte compromisso" do Governo na concretização do programa de ajustamento.

Bruxelas promete trabalhar "intensamente" para conluir 7.ª avaliação

Bruxelas, 06 mai (Lusa) -- A Comissão Europeia está empenhada em trabalhar "intensamente" para terminar a sétima avaliação à aplicação do programa de resgate português antes das reuniões do Eurogrupo e do Ecofin da próxima semana, mas não se compromete com uma data.

Euribor sobe a três meses e mantém-se no prazo de seis meses

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- A Euribor subiu hoje a três meses, manteve-se inalterada a seis meses e desceu a nove e 12 meses, face aos valores fixados na sexta-feira.