PCP preocupado com situação do Hospital de Proximidade de Lamego

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Porto Canal / Agências

Lamego, Viseu, 25 nov (Lusa) -- A comissão concelhia de Lamego do PCP mostrou-se hoje preocupada com a situação que se vive no hospital da cidade, que considera "grave e insustentável".

Em conferência de imprensa, o PCP apresentou um diagnóstico da situação atual do Hospital de Proximidade de Lamego, inaugurado em março de 2013 e que serve mais de cem mil pessoas.

A "falta de pessoal correspondente às necessidades e movimento dos serviços", as "dificuldades de substituição de pessoal que se reforma ou se transfere" e a "ausência de equipamentos (por exemplo, para fazer uma TAC)", foram alguns dos problemas referidos por José Pessoa, da concelhia do PCP.

O diagnóstico alude também à "escassez de camas tecnicamente polivalentes, que urge aumentar pelo menos para o dobro", e à impossibilidade de os centros de saúde "enviarem os seus doentes para os serviços de análises e exames dos serviços hospitalares, empurrando para os privados uma rentabilidade que melhoraria a sustentabilidade e a viabilidade técnica dos serviços públicos".

Neste âmbito, o PCP pede ao Ministério da Saúde, à Administração Regional de Saúde do Centro e ao Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro que "assegurem uma resposta cabal a estas dificuldades".

O PCP quer também "a definição legal definitiva de que a 'urgência básica qualificada' tem como mínimo os serviços agora existentes no Hospital de Proximidade de Lamego".

Segundo José Pessoa, o grupo parlamentar do PCP irá brevemente questionar o ministro da Saúde sobre a situação deste hospital.

José Pessoa lembrou que quando, num despacho de 2006, o Governo assumiu o compromisso de que Lamego teria um novo hospital, definiu que este "teria uma 'urgência básica qualificada', um conceito integrado numa nova hierarquia das urgências hospitalares".

"Para além de muito indefinido, e continua a sê-lo, este grau de urgência implicava uma grave perda para as populações desta região, tendo em conta que perdia o bloco operatório de urgência, bem como um elevado número de camas, tendo ficado reduzido a 30, depois de muita luta e controvérsia", acrescentou.

Na opinião do PCP, "esta perda foi completamente injustificada, como o demonstram os factos e números atuais, lesando as condições de saúde das populações e, ainda por cima, implicando despesas acrescidas desnecessárias".

Segundo José Pessoa, no despacho era referido que o hospital seria dotado de uma "plataforma tecnológica de alta qualidade" mas, "embora existam nessa unidade salas preparadas para receber os equipamentos de TAC e ecografia, estes nunca lá chegaram".

"Só recentemente, aproveitando uma doação, foi possível à administração adquirir o equipamento para realizar ecografias", contou.

O PCP alerta que a indefinição do que é a "urgência básica qualificada" pode abrir "apetites economicistas" e dar azo "a tendências vorazes de privatização dos serviços".

"E proporciona manobras estranhas, de contornos indefinidos, que recentemente se manifestaram na possibilidade mal escondida de acabar com a urgência noturna e a Medicina Interna do Hospital de Proximidade de Lamego", acrescentou.

O PCP defende ainda que deve ser criada uma comissão de acompanhamento do hospital, que integre representantes de instituições e outros cidadãos.

AMF // SSS

Lusa/fim

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