Câmara dos Representantes dos EUA proíbe redução militar nas Lajes em 2014

| Política
Porto Canal / Agências

Washington, 24 jul (Lusa) -- A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou por unanimidade uma emenda à legislação que proíbe a Força Aérea norte-americana de reduzir a estrutura militar da Base das Lajes em 2014, foi hoje anunciado.

A emenda à "lei de apropriações de defesa", aprovada na terça-feira e promovida pelos congressistas Jim Costa, David Valadão, David Cicilline, Devin Nunes, James Langevin e William Keating, teve o voto unânime daquele órgão, anunciou o National Organization of Portuguese Americans (NOPA).

De acordo com um comunicado dos responsáveis luso-americanos, a iniciativa recolheu o apoio decisivo do presidente e outros responsáveis do comité da Câmara das Forças Armadas.

O projeto de lei que determina o orçamento das forças armadas norte-americanas no próximo ano, designado FY14 National Defense Authorization Act, tem agora de ser aprovado no Senado.

Em comunicado, a NOPA congratulou-se por ter integrado o processo e liderado os esforços efetuados em junho para a intensificação dos contactos da comunidade luso-americana com os seus eleitos, e felicita a comunidade "por se ter tornado numa forte voz no Congresso na representação da agenda luso-americana e na promoção positiva das relações entre Portugal e os Estados Unidos".

Em 14 de junho, o Congresso americano tinha já aprovado um projeto de lei que adiava qualquer decisão sobre a redução da presença americana na base das Lajes, na ilha Terceira, até à divulgação de um relatório no final do ano.

A pedido de um conjunto de congressistas ligados a Portugal, o texto da legislação determinava que "a secretaria da Força Aérea não deve reduzir a estrutura na Base Aérea das Lajes até 30 dias depois do Secretário da Defesa concluir o Relatório de Consolidação de Estruturas Europeias", que deve ser apresentado no final do ano.

No projeto, acrescentou-se ainda que a Secretaria de Defesa deve "informar os comités de defesa do Congresso sobre o relatório" e que este deve incluir "uma avaliação específica da eficácia da Base Aérea das Lajes, Açores, no apoio às forças americanas no estrangeiro."

O presidente da National Organization of Portuguese Americans (NOPA), Francisco Semião, confirmou na ocasião à agência Lusa que a organização "esteve a fazer lóbi nos bastidores" e que trabalhou em conjunto com os membros do Portuguese Caucus, a associação de congressistas que defende os interesses de Portugal no Congresso dos EUA.

A Lusa teve acesso a uma carta que oito congressistas dirigiram aos responsáveis pelo orçamento das forças armadas, Howard P. Buck McKeon e Adam Smith.

No documento, os congressistas pediram "a inclusão de linguaguem que proíba a redução da estruturas nas Lajes até que o Secretário da Defesa conclua o Relatório de Consolidação de Estruturas Europeias".

Os congressistas disseram ainda que, caso o encerramento da base seja a única opção, não querem forçar "os açorianos a ter de escolher entre a lealdade aos Estados Unidos e alimentar as suas famílias, essencialmente forçando Portugal a encontrar um novo inquilino para o local."

A carta foi assinada pelos luso-americanos Devin Nunes, Jim Costa e David G. Valadão, bem como Bill Keating, David Cicciline, James C. McGovern, Jeff Denham e Doug LaMalfa.

Os norte-americanos tinham prevista uma redução do seu contingente das Lajes em mais de 400 militares e 500 familiares a partir de 2014.

PCR/AYS // PJA

Lusa/Fim

+ notícias: Política

Montenegro quer que 50 anos marquem “ponto de viragem” na retenção de talento dos jovens

O primeiro-ministro manifestou esta quinta-feira a convicção de que os 50 anos do 25 de Abril serão “um ponto de viragem” para quebrar “um ciclo negativo” dos últimos anos, de “incapacidade de reter em Portugal” o talento dos jovens.

Milhares na rua e Marcelo atacado com herança colonial

Milhares, muitos milhares de pessoas saíram esta quinta-feira à rua para comemorar os 50 anos do 25 de Abril, no parlamento a direita atacou o Presidente por causa da herança colonial e Marcelo fez a defesa da democracia.

25 de Abril. A carta do Presidente dos Estados Unidos para Portugal

O presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, congratulou esta quinta-feira Portugal pelo “espírito corajoso” com que fez a Revolução dos Cravos, há 50 anos, que permitiu o regresso da democracia.