Presidente da Assembleia Municipal de Felgueiras desfilia-se do CDS

| Política
Porto Canal / Agências

Felgueiras, 24 jul (Lusa) - O presidente da Assembleia Municipal de Felgueiras e ex-líder concelhio do CDS, Paulo Rebelo, anunciou hoje a desfiliação do partido e revelou que vai apoiar a coligação PSD/PPM, encabeçada pelo edil local, Inácio Ribeiro.

"Chorei quando mandei as cartas para me desfiliar", disse.

Em declarações à agência Lusa, Paulo Rebelo explicou a desfiliação, que disse ter concretizado há alguns meses, por discordar da orientação política do CDS local, sobretudo por ter terminado o acordo de coligação com o PSD.

"Desde sempre fui um defensor da coligação. Era [para mim] uma questão de consciência defender um projeto suprapartidário como este", observou.

Rebelo, que falava ao lado do atual presidente da câmara, liderou a concelhia democrata-cristã até meados do atual mandato autárquico, período durante o qual, afirmou, "houve transparência clara entre os dois partidos".

O ex-dirigente democrata-cristão critica a atual concelhia, liderada por Madalena Silva, por ter cometido "o maior erro da história concelhia", ao avançar com uma candidatura à câmara, encabeçada por Carla Carvalho, quando havia "todas as condições" para renovar o acordo de coligação com o PSD, o que podia permitir a eleição de um vereador.

O atual presidente da assembleia municipal, que foi eleito em 2009 no contexto da coligação "Nova Esperança", encabeçando a lista para aquele órgão autárquico, e que chegou a ser conselheiro nacional do CDS, disse tudo ter feito, durante vários meses, para que a coligação se mantivesse.

Rebelo disse à Lusa que chegou a propor à distrital a avocação do processo autárquico para evitar que se viesse a cometer "o erro" de pôr fim à coligação.

Para o atual presidente da assembleia municipal, fazia sentido manter o entendimento com o PSD de Felgueiras porque, sublinhou, o trabalho que foi realizado na autarquia é "francamente positivo, mantendo-se o espírito iniciado em 2009".

"Não contem comigo para destruir o que ajudámos a construir em 2009. A minha presença aqui é um dever de consciência. O espírito de missão da equipa mantém-se e queremos continuá-lo", disse, reconhecendo o mérito de Inácio Ribeiro.

Paulo Rebelo disse à Lusa continuar a identificar-se com o CDS, partido onde militou mais de 30 anos, e admite que poderá regressar à militância quando as condições locais no partido se alterarem.

"Este partido concelhio não é o meu CDS", vincou, considerando que a maioria dos militantes centristas discorda do fim da coligação concelhia com o PSD.

Projetando as autárquicas de 29 setembro, Rebelo não confirmou à Lusa se vai recandidatar-se à liderança da assembleia municipal, mas garantiu haver, da sua parte e de muitos militantes do CDS, "cumplicidade e comprometimento" para com o projeto liderado por Inácio Ribeiro.

"Não estou aqui para discutir cargos. Vou estar neste projeto de corpo e alma. Estou com a minha consciência tranquila. Eu vou ser o que eu quiser e o que a coligação quiser", disse.

APM // JGJ

Lusa/fim

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