CDS-PP reitera que há “solução estável” na maioria para terminar legislatura

CDS-PP reitera que há “solução estável” na maioria para terminar legislatura
| Política
Porto Canal

O porta-voz do CDS-PP reiterou hoje que, na maioria, há uma "solução estável" e "forte" para terminar a legislatura, remetendo para o final da reunião da comissão política a "avaliação" do partido sobre o processo político.

"O CDS tem afirmado que entende que, do ponto de vista da maioria, há uma solução estável e suficientemente forte para terminar esta legislatura", disse aos jornalistas o porta-voz do partido, João Almeida.

Questionado sobre a declaração ao país do Presidente da República, marcada para domingo, às 20:30, João Almeida disse que "é uma consequência" do processo político em curso.

"Haverá, antes de mais, todo o respeito pela análise do senhor Presidente da República. O CDS já transmitiu ao senhor Presidente da República qual é a sua análise e, portanto, é a sequência normal do processo", afirmou.

"Esta reunião da comissão política nacional servirá, em primeiro lugar, para a delegação do CDS, que participou nas conversações na sequência da proposta do senhor Presidente da República para haver um compromisso de salvação nacional, fazer sua análise sobre todo esse processo e para os membros da comissão política nacional do CDS discutirem as conclusões dessa mesma análise, feita pelos representantes do CDS na negociação", declarou.

João Almeida disse que "após essa discussão, será feita uma declaração, e nessa declaração, o CDS dará a conhecer a avaliação que faz de todo este processo, sabendo-se que, desde o início, o CDS reconheceu a importância de se tentar obter um compromisso de salvação nacional e que participou com todo o empenho de uma forma construtiva em todo esse processo".

A declaração, prevista para cerca das 20:15, será feita Pedro Mota Soares, chefe da delegação do CDS-PP nas negociações para o "compromisso de salvação nacional", pedido pelo Presidente da República, Cavaco Silva.

O Presidente da República, Cavaco Silva, vai fazer no domingo uma comunicação ao país, pelas 20:30, disse à Lusa fonte da Presidência da República.

A declaração do Presidente da República acontece após o anúncio feito sexta-feira à noite pelo secretário-geral do PS, António José Seguro, dando conta do fim das negociações, sem acordo, entre os três partidos para um "compromisso de salvação nacional".

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, cancelou a sua participação hoje, no 39.º aniversário da Juventude Social-democrata (JSD), no Vimeiro, através de comunicação do partido, sem explicações.

Já hoje, o PSD, pela voz do primeiro vice-presidente e coordenador da direção nacional social-democrata, Jorge Moreira da Silva, numa declaração aos jornalistas, na sede do seu partido, em Lisboa, sugeriu que foi o "irrealismo" do PS que impediu o acordo de médio prazo proposto pelo Presidente da República, manifestando-se "de consciência absolutamente tranquila", quanto ao seu empenho neste processo.

A crise política arrasta-se há duas semanas, depois das demissões do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, a 01 de julho, e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, no dia seguinte.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, não aceitou a demissão de Portas - que justificou o pedido por ser contra a escolha de Maria Luís Albuquerque para substituir Gaspar - e a maioria PSD/CDS-PP apresentou ao Presidente da República e publicamente, a 06 de julho, um compromisso até ao final da legislatura, que passaria, nomeadamente, por uma remodelação com Paulo Portas no lugar de vice primeiro-ministro.

A 10 de julho, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, fez uma comunicação ao país na qual não se referiu à solução que lhe foi proposta pela maioria e na qual propôs um "compromisso de salvação nacional" entre PSD, PS e CDS, que inclui eleições a partir de junho de 2014.

Na sequência desta proposta, os três partidos iniciaram as conversações no passado domingo, que culminaram no anúncio de sexta-feira, de António José Seguro, sobre a não existência de acordo.

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