Castro Daire, 30 out (Lusa) - O presidente da Câmara de Castro Daire, Fernando Carneiro, congratulou-se hoje com a classificação do Castro do Cabeço dos Mouros como sítio de interesse público, acreditando que a distinção venha a atrair um maior número de visitantes ao concelho.

"Fico contente por este espaço histórico ser reconhecido a nível nacional. É uma referência que espero venha a trazer mais pessoas ao concelho de Castro Daire", alegou.

O Governo classificou hoje em Diário da República o Castro do Cabeço dos Mouros, localizado na povoação de Castro, freguesia de Cabril, concelho de Castro Daire, como sítio de interesse público.

De acordo com a portaria, a classificação do Castro do Cabeço dos Mouros como sítio de interesse público acontece devido ao "interesse do bem como testemunho notável de vivências ou factos históricos".

Foi ainda tido em conta o "seu valor estético e técnico intrínseco, a sua conceção arquitetónica e paisagística e a sua importância do ponto de vista da investigação histórica ou científica".

Para o autarca de Castro Daire, esta classificação serve também para "aproximar a sede do concelho à freguesia de Cabril, que é a mais distante de todas, ficando a cerca de 30 quilómetros".

"Agora, falta proceder à limpeza da área por parte das entidades competentes, com quem seremos totalmente colaborantes", acrescentou.

O documento publicado hoje em Diário da República explica ainda que o sítio arqueológico "encontra-se estruturado em plataformas escalonadas, delimitadas por duas linhas de muralhas, construídas com pedras de pequena dimensão argamassadas".

"Juntamente com os fragmentos cerâmicos recolhidos, estas estruturas parecem apontar para uma cronologia de ocupação que remonta à Idade do Ferro, perdurando durante o período romano", refere.

O Castro do Cabeço dos Mouros localiza-se a 484 metros de altitude, num esporão alongado, delimitado pelas ribeiras de Levadas e Tenente.

A sua implantação geográfica, marcada por encostas abruptas, com estreita acessibilidade pelo lado noroeste, "fornece condições naturais de defensibilidade, as quais poderão ter constituído um móbil para a ocupação antrópica deste espaço", lê-se ainda.

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