Sociedade de Matemática surpreendida com resultados do 9.º ano

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 16 jul (Lusa) -- O presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, Miguel Abreu, admitiu hoje ter ficado surpreendido com os resultados dos exames nacionais do 9.º ano uma vez que a prova era "ligeiramente mais fácil" do que a do ano passado.

Os resultados dos exames de Português e Matemática dos 6.º e 9.º anos, que desceram entre cinco e dez pontos percentuais em relação às médias do ano letivo anterior, foram divulgados na segunda-feira à noite pelo Ministério da Educação.

"O que estes resultados mostram é que os nossos alunos continuam com muita dificuldade no final de cada ciclo de estudos a Matemática", disse Miguel Abreu, em declarações à agência Lusa

O presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática disse não ter ficado surpreendido com os resultados dos exames do 6.º ano por considerar terem sido mais difíceis e exigentes do que os de 2012, mas não esperava os resultados (uma descida de dez pontos percentuais) nos do 9.º ano.

Segundo Miguel Abreu, são os resultados que os alunos têm ao nível do 4.º ano que vão ditar as notas que vão ter mais tarde.

"A Matemática é uma disciplina cumulativa e não aprender muito bem o que é ensinado nos primeiros anos não permite aprender melhor mais à frente", sublinhou.

Questionado se na origem dos resultados negativos pode estar a elaboração das provas, Miguel Abreu disse que o problema não está nos exames.

"O problema não está nos exames. Foi por em 2007, 2008 e 2009 terem sido feitas provas muito desajustadas em termos de dificuldade ao ciclo de estudos em causa que houve uma inflação de notas perfeitamente falsa que não era indicadora do real conhecimento que os alunos tinham, portanto voltar por esse caminho é inflacionar as notas", explicou.

Para o presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, os exames de 2013 são mais adequados.

Para Miguel Abreu, a solução para os maus resultados deve começar logo no 1.º ciclo e por isso defende que as metas curriculares de Matemática aprovadas recentemente, associadas a um novo programa de Matemática no ensino básico, devem ser implementadas já no próximo ano letivo.

"Era bom que já tivesse havido muito mais formação de professores associada às metas curriculares de Matemática. Infelizmente isso não foi feito. Esperemos que o Ministério ponha no terreno essa formação para ajudar os professores a estar mais por dentro do que se pretende", disse Miguel Abreu, salientando que este é o "ingrediente para um melhor ensino da matemática.

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