São Paulo, 05 out (Lusa) - O candidato presidencial brasileiro Aécio Neves, eleito hoje para disputar a segunda volta das eleições, homenageou o candidato Eduardo Campos, que morreu durante a campanha, e falou em "unir forças", apontando para uma possível aliança com Marina Silva.

"Quero deixar uma palavra de homenagem a um amigo, um homem público honrado, digno que foi abatido por uma tragédia no meio da campanha. A ele, a seus ideais e aos seus sonhos, a minha referência, que nós saberemos, juntos, transformá-los em realidade", afirmou Aécio Neves, num breve discurso após a divulgação oficial dos resultados.

Eduardo Campos morreu quando o avião onde seguia se despenhou, colocando a sua candidata a vice-presidente, Marina Silva, como cabeça-de-lista do Partido Socialista Brasileiro (PSB), que ficou em terceiro lugar nas eleições de hoje, com 20 por cento dos votos.

Aécio Neves, que chegou a ocupar o terceiro lugar nas pesquisas nos últimos meses, passou para a segunda volta, com 33,63 por cento dos votos, contra 41,53 por cento da atual Presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff.

Ex-senador e ex-governador de Minas Gerais por dois mandatos consecutivos, Aécio Neves (centro-direita) defendeu uma "união de forças", salientando que a sua lista "não é mais" a candidatura de um partido ou de um conjunto de alianças, mas de "um conjunto de brasileiros" que ainda tem a capacidade de se "indignar" e "sonhar".

"Vamos acreditar que é possível, como eu sempre acreditei, dar ao Brasil um governo que uma decência e eficiência", completou, agradecendo aos companheiros de campanha e à família.

O candidato prometeu intensificar a campanha e retomar as atividades já na segunda-feira, citando o seu avô Tancredo Neves, o primeiro presidente civil eleito após a ditadura militar que veio a falecer antes de tomar posse: "Não vamos nos dispersar, estamos apenas no meio da caminhada".

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