Autarca de Matosinhos pede reunião "urgente" ao Governo face à interdição da pesca

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Porto Canal / Agências

Matosinhos, 02 out (Lusa) -- O presidente da Câmara de Matosinhos pediu uma reunião "urgente" ao Ministério da Agricultura e do Mar para discutir a interdição da pesca da sardinha, em vigor até ao final do ano e cujas consequências diz serem "catastróficas".

"Em Matosinhos, cerca de 30 embarcações estão paradas, deixando dezenas de famílias numa situação de desespero social, uma vez que o último trimestre do ano representa cerca de 50% da captura anual", frisa o autarca Guilherme Pinto, em comunicado de hoje.

Em causa está a portaria n.º 188-A/2014, de 19 de setembro, que determina ser "proibida a captura de sardinha (...), bem como a manutenção a bordo, transbordo e descarga desta espécie", desde o dia 20 de setembro e até "às 24 horas do dia 31 de dezembro", por ter sido atingido o limite máximo de captura da espécie, em Portugal e Espanha.

Guilherme Pinto entende que esta "paragem inédita" de pescadores no país traz consequências "catastróficas".

"Esta situação, aliada à paragem obrigatória do período do defeso, prejudica todo o setor da restauração no concelho, atingindo cerca de 600 restaurantes e os seus 6 mil trabalhadores", refere.

Esta interdição afeta também toda a indústria conserveira para quem a sardinha representa 95% das suas exportações, considera.

Na sua opinião, é preciso repensar a captura da sardinha para que este recurso "tão importante" não se esgote, mas "não basta" estipular o número de toneladas que é permitido capturar.

"É preciso repensar o período de captura, o tempo de paragem da atividade e a forma de captura da sardinha. É preciso que o Governo português atue firmemente junto de Bruxelas para alterar esta quota para que esta catástrofe não se repita em 2015", defende.

Na quarta-feira, os pescadores do porto de pesca de Matosinhos reclamaram do Governo uma resposta urgente aos "imensos problemas" que a interdição de pesca da sardinha lhes coloca, admitindo que a situação se pode tornar "calamitosa" para o setor.

O Ministério da Agricultura e do Mar garantiu hoje à Lusa que a frota que se dedica à pesca da sardinha, recentemente interditada, vai receber "apoios cofinanciados pela União Europeia" no valor global de cinco a seis milhões de euros.

Para beneficiarem desses apoios, as embarcações "terão de cessar a sua atividade até dia 15 de outubro, por um período que pode ir dos 30 aos 90 dias", avançou fonte oficial do ministério de Assunção Cristas.

As candidaturas às ajudas devem ser entregues pelos armadores nas Direções Regionais de Agricultura e Pescas (DRAP), "com comprovativo da paragem e o rol de tripulação".

SYF (JAP/PD) // JGJ

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