Pelo menos 41 crianças foram hoje mortas num duplo atentado contra a sua escola num bairro de Homs (centro), controlado pelas forças governamentais, referiu o Observatório sírio dos direitos humanos (OSDH).

Outras sete pessoas, quatro civis e três membros das forças de segurança, foram mortas no ataque contra a escola de Akrama, um bairro de maioria alauita de Homs, a terceira cidade da Síria e quase totalmente controlada pelas tropas do regime de Bachar al-Assad. O Presidente sírio provém desta comunidade, minoritária na Síria.

"As crianças mortas têm entre seis e nove anos", precisou à agência noticiosa AFP o governador de Homs, Talal al-Barazi.

"Pelo menos 41 crianças foram mortas e diversas ainda estão desaparecidas", precisou o diretor da OSDH, uma ONG com sede em Londres e que recolhe as informações através de uma rede de militantes e pessoal médico no interior da Síria.

"Um bombista suicida colocou uma [bomba] junto à escola e depois fez-se explodir noutro local e em frente ao estabelecimento", acrescentou. "Havia corpos totalmente desmembrados", relatou.

Em meados de junho, dois outros atentados tinha já atingido o mesmo bairro, em ações atribuída aos grupos 'jihadistas' que combatem o regime de Damasco.

As forças militares sírias recuperaram em maio o controlo da quase totalidade de Homs, após da retirada dos rebeldes da cidade velha que esteve cercada durante dois anos pelo exército.

Apenas o bairro de Waer continua nas mãos dos insurgentes.

No conflito que devasta a Síria há mais de três anos e que começou com manifestações pacíficas violentamente reprimidas, os rebeldes são sobretudo sunitas, como a maioria da população síria, enquanto o poder é dirigido pelo clã alauita dos Assad.

Segundo os dados da ONU, os protestos na Síria iniciados em março de 2011, e a consequente guerra que prossegue já provocaram mais de 190.000 mortos.