PEV condena intervenção de Paulo Portas sem direito a contraditório
Porto Canal
O PEV condenou hoje que o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, "não fale no debate de modo a poder sujeitar-se ao contraditório" da oposição", num "momento muito particular" da vida política.
Pouco antes do final do debate do ´estado da Nação', no parlamento, a deputada ecologista Heloísa Apolónia reconheceu a "legitimidade" do Governo, mas criticou a escolha de Portas para fazer o discurso de encerramento.
"Face a estas semanas, é estranhíssimo que o senhor ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros demissionário não fale no debate de modo a poder sujeitar-se ao contraditório, sem poder ser confrontado", disse.
Após esta intervenção, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Marques Guedes, pediu a palavra para referir que "o figurino" definido pelo executivo para este debate "é rigorosamente o mesmo que foi praticado no ano passado, sem nenhuma crítica por parte da câmara".
Heloísa Apolónia voltou a pedir a palavra à presidente da Assembleia da República para insistir no "momento muito particular" que o Governo vive: "Os portugueses sabem disso".