Câmara da Lourinhã estima concluir limpezas até quarta-feira

| País
Porto Canal / Agências

Lourinhã, 24 set(Lusa)- O presidente da câmara da Lourinhã estimou hoje que até quarta-feira as limpezas que decorrem na vila e na localidade do Vimeiro, devido às cheias, deverão estar concluídas.

No ponto de situação feito cerca das 12:00 à comunicação social, o presidente da câmara, João Duarte Carvalho, responsável pela Proteção Civil Municipal, disse que "a prioridade é limpar o centro da vila e a localidade do Vimeiro", adiantando que "entre hoje e quarta-feira" as limpezas deverão ficar concluídas "para se circular minimamente".

As inundações deixaram temporariamente seis pessoas desalojadas, que passaram a noite em alojamentos locais e nos bombeiros, mas duas delas "já voltaram às suas casas".

Quanto às restantes, as autoridades vão ainda hoje "fazer o reconhecimento da situação das casas"- numa um muro caiu e os resíduos contribuíram para ficar inundada de água, por falta de escoamento, enquanto outra teve estragos no telhado e chovia no seu interior.

"Se não tiverem condições, vamos continuar a assumir essa responsabilidade até voltarem às suas casas. Neste momento, são quatro pessoas e uma criança", afirmou João Duarte Carvalho.

Ao apontar como causas das cheias a forte precipitação e o transbordo do rio Grande e de um seu afluente, o presidente da câmara alertou para a "responsabilidade da Agência Portuguesa de Ambiente na falta de limpeza das linhas de água", bem como dos agricultores, que não limpam adequadamente os terrenos e as linhas de água.

Apesar de já não estarem inundadas, as estradas continuam com muita lama, dificultando a circulação de pessoas e veículos, e nas ações de limpeza estão envolvidos 110 bombeiros, 24 viaturas e meia centena de funcionários da autarquia.

Particulares e comerciantes continuam também, com a ajuda dos bombeiros, a escoar a água que invadiu casas e estabelecimentos comerciais, e a limpar os resíduos e a lama, deixados pelas cheias.

Margarida Nobre, proprietária de uma loja de ferragens aberta há 65 anos, explicou que nem nas últimas maiores cheias, de 1986, onde andou de barco dentro da vila, ficou com tantos estragos.

"A partir de certa altura, não foi a água que vinha de fora, mas a que nascia lá dentro, na casa-de-banho e ralos", relatou.

Na igreja e no Centro Pastoral, que também ficaram inundados, registaram-se estragos sobretudo em pisos e instalações elétricas. Até os párocos andaram hoje a escoar a água de esfregona e balde na mão.

De acordo com a Proteção Civil, além de terrenos agrícolas submersos a escola do primeiro ciclo de Casal Novo, com 30 crianças, não abriu "porque as salas não estavam em condições".

A Comissão Municipal de Proteção Civil reuniu-se hoje de madrugada, mas não foi ativado o plano de emergência.

"Se fosse uma catástrofe que envolvesse pessoas e muitos bens materiais, teríamos de ativar, mas não atingimos esse nível" de gravidade, justificou o autarca.

Entre o final do dia de segunda-feira e hoje, os bombeiros receberam 50 pedidos de ajuda.

A proteção Civil Municipal volta a fazer novo ponto de situação cerca das 18:00.

FYC // ZO

Lusa/Fim

+ notícias: País

Jackpot de 166 milhões de euros sem vencedor mas prémios a caminho de Portugal

Não foi desta que o montante "chorudo" do Euromilhões foi atribuído. Para o sorteio 033/2024 desta sexta-feira estavam em jogo 166 milhões de euros.

151 milhões de euros em jogo: eis a chave do Euromilhões

Já são conhecidos os números e estrelas do sorteio de Euromilhões desta sexta-feira. Para o sorteio 033/2024 estão em jogo 151 milhões de euros, depois de não terem existido totalistas no sorteio de 23 de abril.

Libertados suspeitos de tráfico de droga e violência doméstica devido à greve dos oficiais de justiça

A greve dos funcionários judiciais levou a que mais cinco detidos tenham hoje sido colocados em liberdade por se ter esgotado o prazo para apresentação a interrogatório judicial, adiantou o Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ).