CDU/Porto diz que polémica com vereador traduz degradação da coligação Moreira/CDS/PS

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Porto Canal / Agências

Porto, 26 ago (Lusa) - A CDU/Porto considerou hoje que a "polémica" relativa ao vereador Sampaio Pimentel "traduz a degradação do ambiente" da coligação Rui Moreira/CDS/PS, assente numa "frágil unidade suportada em interesses estranhos à cidade", acusando o presidente da câmara de "dependência partidária".

Depois de várias notícias sobre uma eventual retirada dos pelouros a Sampaio Pimentel, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, afirmou hoje que sanou com o vereador militante do CDS-PP "incidentes" como o que sucedeu, sendo exclusivamente sua a decisão de o manter em funções no executivo autárquico.

Esta tarde, em comunicado enviado às redações, a CDU/Porto afirma que "desde o início do mandato que têm sido vários os indícios de divergências na coligação Rui Moreira/CDS/PS, cuja formação, desde da constituição das listas de Rui Moreira, sempre assentou numa frágil unidade suportada em interesses estranhos à cidade do Porto".

Na opinião dos comunistas, esta polémica que envolveu o mandato e as funções de Sampaio Pimentel "traduz a degradação do ambiente no interior da coligação Rui Moreira/CDS/PS que resulta de questiúnculas e guerras internas", refletindo "a existência de sensibilidades políticas e projetos pessoais diferenciados".

"Este diferendo, que envolveu diretamente o CDS, torna ainda mais claro que a ?independência' das listas de Rui Moreira não passa de um mito que se pretende projetar, havendo, como se demonstra, dependência partidária do Presidente da Câmara".

A CDU/Porto alerta que "o desfecho tornado público não significa o propalado fim dos conflitos internos na coligação", representando sim "a manutenção de clima de coesão simulada que provavelmente conhecerá novos episódios de tensão e divisão".

"Fica por esclarecer se o desfecho anunciado condicionará opções futuras, reforçando a continuidade em relação à gestão anterior de Rui Rio/PSD/CDS no que diz respeito à gestão de dossiers tão importantes como o Teatro Rivoli e o Bairro do Aleixo, entre outros", sublinha.

Os comunistas aproveitam este momento para recordar a demissão de Daniel Bessa de Presidente da Assembleia Municipal do Porto, o diferendo que resultou na não atribuição de responsabilidades executivas à vereadora do PS Carla Miranda, as diferenças de posições assumidas a propósito do Mercado do Bolhão entre Rui Moreira e o vereador do PS Correia Fernandes e o posicionamento da vice-presidente da câmara Guilhermina Rego em relação à votação das contas de gerência de 2013.

A concelhia do CDS/Porto garantiu na segunda-feira que o vereador Sampaio Pimentel vai manter os seus pelouros na Câmara do Porto e, para o efeito, conta com o apoio de todo o executivo.

A nota do CDS-PP/Porto surgiu depois de várias notícias que indicavam a eventual retirada de pelouros, pelo autarca Rui Moreira, a Sampaio Pimentel, responsável pela Fiscalização e Proteção Civil na Câmara do Porto.

A edição de quinta-feira do jornal Público avançava que o presidente da Câmara do Porto podia retirar os pelouros a Sampaio Pimentel, que ocupou o número dois da lista do candidato independente.

Manuel Sampaio Pimentel manifestou em vários momentos divergências em relação a dossiês da autarquia, nomeadamente depois de classificar como "o grau zero da dignidade humana" as salas de chuto que o gabinete de Rui Moreira admitiu criar no âmbito de um programa de combate à toxicodependência, bem como ao novo diretor artístico do Teatro Rivoli.

JF (LIL/JAP)

Lusa/fim

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