Os estudantes da Greve Climática Estudantil pintaram várias frases de protesto nas sedes dos partidos na madrugada desta sexta-feira. Os ativistas referem que "não ter agora um plano para fim ao fóssil até 2030 é condenar o nosso futuro. É condenar milhões à morte". Sede do Chega foi excessão quanto às frases, tendo sido a fachada apenas manchada. O grupo explicou o porquê.

Os estudantes expressaram a sua indignação, responsabilizando os partidos pela ausência de planos concretos para eliminar o uso de combustíveis fósseis até 2030. Salientam também que o atual período eleitoral concede um mandato até 2028, tempo crucial para se tomarem medidas para enfrentar a crise climática. A ausência de um plano para o fim dos combustíveis fósseis até 2030 é vista dos jovens como uma sentença para o futuro, colocando milhões de vidas em risco.

Nas frases pintadas nas fachadas dos partidos políticos, destacam-se apelos como "Eletricidade 100% renovável e gratuita", "Fim ao fóssil 2030" e críticas diretas à falta de um plano concreto por parte dos partidos. O grupo ativista, conhecido como Fim ao Fóssil, justifica a ação como uma forma de alertar para a urgência da situação climática em Portugal, alertando para os efeitos já visíveis da crise e prevendo que estes se agravarão se não forem tomadas medidas imediatas.

A sede do Chega foi poupada de mensagens políticas por ser considerada "o cão de guarda do sistema fóssil". Os ativistas argumentam que a ideologia e políticas representadas pelo partido são sintomáticas do sistema fóssil que privilegia o lucro em detrimento da vida humana e do meio ambiente.

"Já levámos aos partidos o plano que explica como podem cumprir esta meta. Nenhum partido pode alegar não saber como fazer o fim ao fóssil nos prazos da ciência", escreve o grupo em comunicado.