Eis o projeto para o futuro de Campanhã

Eis o projeto para o futuro de Campanhã
| Porto
João Nogueira

A passagem da linha de Alta Velocidade vai servir de pretexto para revolucionar a zona oriental da cidade do Porto. Segundo os planos preliminares a que o Porto Canal teve acesso em primeira mão, a estação de Campanhã vai ser alargada até um novo edifício a construir em específico para a Alta Velocidade. O projeto elevará a intermodalidade no Porto a um novo patamar, permitindo a ligação a todo o tipo de transportes.

 
 
 
Ver esta publicação no Instagram
 
 
 

Uma publicação partilhada por Porto Canal (@porto.canal)

O Plano de Urbanização de Campanhã é apresentado esta sexta-feira na Câmara do Porto pelo arquiteto e urbanista catalão Joan Busquets. O projeto preliminar, revelado em primeira mão pelo Porto Canal, é revelador da grande transformação prevista para aquela área.

A atual estação de Campanhã vai ser ampliada para oriente (no sentido das linhas), e uma nova estrutura com “seis torres” vai nascer junto da Escola Profissional de Campanhã. Os terrenos a ocupar são atualmente ocupados por duas empresas: uma gráfica e uma fábrica de farinhas.

As estruturas industriais vão desaparecer para dar lugar à nova estação de alta velocidade. Para aquele edifício está planeada a nova estação, escritórios, espaços comerciais e uma esquadra da polícia.

As três estruturas serão conectadas através de três ligações: duas subterrâneas (que já existem e serão intervencionadas) e um atravessamento aéreo, que será construído exatamente sobre os cais.

As duas passagens subterrâneas que já existem são o corredor que liga as plataformas dos comboios do Minho e Douro e do Metro do Porto ao Terminal Intermodal de Campanhã e o corredor principal, sob as plataformas principais. Ambas as passagens vão ser adaptadas de forma a garantir a ligação à estação.

Já a passagem superior “atravessará a totalidade da estação, no eixo nascente/poente, ligando a praça da estação de Alta Velocidade e a respetiva interface multimodal (a nascente) às plataformas de passageiros das futuras linhas I a XI, ao passadiço de ligação ao centro empresarial de Campanhã, à praça do Terminal do Douro e Minho, à estação do Metro do Porto e ao terminal da STCP", detalham os documentos a que o Porto Canal teve acesso.

Novidades previstas no Plano de Urbanização

O Rio Douro será cruzado por uma nova ponte rodoferroviária, que vai ser construída no âmbito do projeto de alta velocidade. O investimento desta travessia ronda os 110 milhões de euros e vai chamar-se Ponte D. António Francisco dos Santos.

Em frente à futura estação, na área atualmente ocupada pelas duas fábricas, nascerá uma nova praça intermodal estilo “kiss & ride”, para táxis e autocarros. A praça será dotada de duas rampas de acesso ao estacionamento subterrâneo que ficará por baixo e que contará com 620 lugares.

Passam assim a existir duas praças: poente (que já existe e fica de frente para os escritórios da NOS) e a nascente, ainda por construir.

A Rua Pinheiro de Campanhã vai ser reformulada, assegurando assim a ligação à Rua do Freixo, através de uma nova via que deverá desembocar junto ao CACE Cultural e ao novo loteamento promovido, entre outras entidades, pela Mota Engil.

Anel híbrido

O projeto prevê também a criação de um “anel híbrido” ao redor da estação de Campanhã.

“A ideia do anel híbrido é evitar que as diferentes formas de mobilidade entrem demasiado em conflito com a estação. Portanto que produza a relação entre os distintos bairros, isto significa, ‘coser’ as ruas existentes”, referiu Joan Busquets, numa entrevista ao Porto Canal.

O ‘anel híbrido’, prevê o plano, será composto, de acordo com aquilo que está construído ao dia de hoje, pela Rua do Padre António Vieira (amarelo), Rua de Godim (amarelo e vermelho), Rua Pinheiro de Campanhã (vermelho) e Rua do Freixo (verde).

+ notícias: Porto

Rui Moreira alerta para necessidade dos municípios regularem as atividades económicas

O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, alertou esta segunda-feira para a necessidade dos municípios poderem regular as atividades económicas que surgem na cidade, defendendo, para isso, uma alteração legislativa.

Antiga presidente de mutualista do Porto nega ter desviado mais de 200 mil euros

A antiga presidente de uma associação mutualista do Porto, acusada de ter desviado mais de 200 mil euros entre 2017 e 2019, afirmou esta segunda-feira em tribunal que nunca usou dinheiro da instituição para proveito próprio.

Proteção Civil do Porto alerta para dificuldades em recrutar para combate a fogos

O presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil do Porto, Marco Martins, alertou esta segunda-feira para a “enorme dificuldade” em recrutar pessoas para o combate aos incêndios no verão, o que pode levar a que hajam menos equipas no terreno.