Paula Teixeira da Cruz pede tempo para Passos e Portas se entenderem

Paula Teixeira da Cruz pede tempo para Passos e Portas se entenderem
| Política
Porto Canal

A ministra da Justiça disse hoje que ainda "é cedo" para falar de eleições antecipadas, defendendo que é preciso "dar tempo" aos líderes do PSD e do CDS para encontrarem uma solução "clara, estruturada e consistente" para o país.

"Temos de deixar agora espaço aos dois líderes para encontrarem uma solução que possa ser mostrada ao país e na qual o país se reveja, porque é também muito importante ouvir o país", afirmou Paula Teixeira da Cruz falava à margem de um seminário sobre Justiça Administrativa na Universidade do Minho, em Braga.

Para a ministra, "é cedo" para falar sobre eleições antecipadas, já que, além da necessidade de dar tempo aos dois líderes partidários, há também que esperar pela "avaliação" que o Presidente da República fará da solução que lhe for apresentada.

A governante defendeu que o importante neste momento é "o empenho e serenidade de todos, e não só dos partidos que apoiam a coligação", para ajudar o país a sair da "situação difícil" em que se encontra.

"É nas situações difíceis que as pessoas se revelam", referiu.

Paula Teixeira da Cruz considera que as recentes demissões dos ministros Vítor Gaspar [Finanças] e de Paulo Portas [de Estado e dos Negócios Estrangeiros] não justificam, por si só, o pedido de eleições antecipadas feito pelos partidos da oposição.

Lembrou que as soluções "não estão esgotadas" e que há "uma legitimidade efetiva e democrática" do Governo para continuar em funções.

Aos que dizem que o atual Governo não tem legitimidade, a ministra da Justiça responde com "algum espanto" e faz-lhes um apelo à memória.

"Essas críticas vieram de um setor que deixou o país à bancarrota. Haja memória, há memória do estado em que o país foi deixado quando o atual Governo tomou posse", contrapôs.

Sobre as demissões de Vítor Gaspar e de Paulo Portas, a ministra da Justiça não se quis pronunciar diretamente.

"As pessoas têm liberdade, mas depois há o outro lado da moeda, que é a responsabilidade", afirmou.

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