Partidos à esquerda satisfeitos com dissolução do parlamento e eleições antecipadas
Porto Canal
O Presidente da República anunciou esta quinta-feira a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições para o dia 10 de março de 2024. Em reação, os partidos mais à esquerda – PCP, Bloco de Esquerda, PAN e Livre – mostram-se satisfeitos com a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa.
Apesar disso, a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, considera que “as eleições deviam ser realizadas mais cedo”, principalmente pelo facto de esta data permitir a aprovação de um Orçamento do Estado para 2024 que “não dá resposta aos problemas dos trabalhadores, povo e país”.
Do lado dos bloquistas a opinião é a mesma. Pedro Filipe Soares, deputado do Bloco de Esquerda, afirma que “para resolver esta crise política, a única solução era a da saída pela democracia e pela convocação de eleições”. No entanto, o ato legislativo deveria ser marcado “mais cedo”.
Já Inês Sousa Real, líder do PAN, apela aos portugueses que participem nas eleições e espera que “os casos que marcaram este mandato não afastem as pessoas”. A líder do partido garante que vai continuar a apresentar propostas quanto ao Orçamento do Estado com o objetivo de que “o PS saia da bolha da maioria absoluta”.
O líder do Livre, Rui Tavares, diz que “respeita” a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa, mas “para salvar a democracia, é preciso uma cidadania inteira” e, dessa forma, pediu que os processos “sejam rigorosos” e “transparentes”.