Câmara do Porto internaliza funções da Movida por “fazer mais sentido”

Câmara do Porto internaliza funções da Movida por “fazer mais sentido”
| Porto
Porto Canal/Agências

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, explicou esta terça-feira que foi decidido internalizar as funções do Gabinete da Movida, estrutura da qual foi afastada recentemente a diretora Ana Claudia Almeida, que disse não ter pedido para sair.

“A câmara decidiu internalizar essas funções. Decidiu-se passar o que estava na [empresa municipal] Agora para a Câmara. É apenas isso. Vamos continuar a ter o serviço da Movida”, disse Rui Moreira.

O autarca, que falava aos jornalistas à margem da apresentação do programa Rede 20, foi questionado sobre a saída da diretora Ana Cláudia Almeida da Movida do Porto, um cargo criado com o objetivo de mediar “as partes em conflito” na zona central do Porto, nomeadamente comerciantes, moradores e público, e rejeitou que exista uma polémica à volta do caso.

“É uma questão normal e organizacional que nos parece fazer mais sentido. [Decidimos] envolver [a Movida Porto] no pelouro do comércio e das atividades económicas”, concluiu.

Na sexta-feira, a ex-diretora da Movida do Porto afirmou que encerrou o vínculo com a câmara “de comum acordo”, embora não tenha pedido para abandonar o cargo, e disse aguardar “com expectativa” o nome do seu sucessor.

A Câmara do Porto abriu um concurso para designar um novo responsável para a direção da Movida, cargo que está a ser assumido pela diretora do Departamento Municipal de Atividades Económicas, Patrícia Romeiro, segundo resposta da autarquia enviada à Lusa.

Ana Claudia Almeida, cuja nomeação para o cargo de diretora da Movida foi aprovada, em reunião do executivo, em 02 de junho de 2015, disse à Lusa que cessou funções em 31 de maio.

No dia 10, durante a sessão da Assembleia Municipal do Porto, Paula Amorim, moradora na zona da Movida, lamentou a "suspensão" da diretora, destacando a qualidade do trabalho desempenhado por Ana Cláudia Almeida.

Contactada pela Lusa, a ex-diretora da Movida disse que o termo suspensão usado pela moradora “não é o correto” e que sente “imensa gratidão e um dever cumprido”.

“Não pedi para sair. Foi de comum acordo”, afirmou, acrescentando que vê com bons olhos a nova estrutura orgânica do município que colocou o Gabinete da Movida sob a alçada do Departamento Municipal de Atividades Económicas, que “terá agora pessoas da câmara a trabalhar neste tema”.

De acordo com o concurso público para o cargo de direção do Gabinete da Movida, publicado na sexta-feira em Diário da República a remuneração base é de 2.153 euros. O prazo do concurso termina no dia 31.

“Desenvolver, coordenar e implementar a estratégia do executivo em termos de organização, gestão e salvaguarda das áreas da cidade do Porto denominadas de Movida”, bem como “dotar o município de ferramentas de análise e de estudos que auxiliem a definição estratégica em matéria de gestão” daquelas áreas, são funções atribuídas ao diretor.

O responsável terá também de garantir o cumprimento do regulamento existente, “analisar e apoiar a resposta adequada a todas as reclamações e exposições relacionadas com a Movida” e, entre outras funções, terá de “emitir pareceres e recomendações para os serviços municipais, no âmbito das suas competências”, e elaborar anualmente um relatório de atividades.

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