O treinador do FC Porto dedicou o triunfo diante do Arouca (5-1) ao aniversariante Jorge Nuno Pinto da Costa e ao Mar Azul que encheu o Dragão.

José Maria Pedroto já não é - pelo menos de forma isolada - o treinador mais vitorioso da história do FC Porto. No derradeiro jogo do ano civil em que se sagrou Campeão Nacional, vencedor da Taça de Portugal e da Supertaça Cândido de Oliveira, Sérgio Conceição igualou os 215 triunfos do Mestre em menos 24 jogos do que o lendário timoneiro. No rescaldo da partida em que selou mais um recorde pessoal, o técnico portista salientou o “jogo muito acima da média” do grupo de trabalho, algo que o deixou “muito contente com os jogadores” e grato “aos adeptos” por “uma casa fantástica” que manteve a “equipa muito ligada”.

Grato por ver as bancadas cheias
“Fizemos um jogo muito acima da média, não diria completo porque cometemos um ou outro erro e a perfeição não existe. De qualquer das maneiras estivemos bem perante uma equipa que tem feito um excelente campeonato, que tem bons jogadores e que só tinha perdido fora contra o Benfica. Conseguimos fazer um jogo muito interessante a todos os níveis, sólido e capaz. Estou muito contente com os jogadores e com a prestação deles. Quero agradecer aos adeptos, porque tivemos uma casa fantástica, a equipa esteve muito ligada a eles e esta vitória vai para eles e para o líder do clube que conseguiu, nestas décadas, dar um contributo fundamental para que o clube hoje seja uma referência em Portugal e no mundo. Os meus parabéns ao nosso presidente.”

Reflexo do trabalho diário
“Não estava à espera de um jogo para explicar a nossa identidade. Em termos de interpretação da estratégia houve hoje uma ou outra nuance na dinâmica, isso tem a ver com o foco e com a forma como eles estão determinados a desempenhar as suas tarefas. Dentro da sua organização existe algo fundamental que tem de estar presente em todos os jogos. Não tem de ser o público ou o jogo mais mediático a mudar o comportamento e a atitude no jogo. Se tivermos isso, associado ao talento individual que acaba por vir ao de cima quando a equipa está entrosada. Nós não andamos à procura de jogos para nos motivar, olhamos para o trabalho diário e a partir daí vamos para o campo fazer o que fazemos durante a semana.”

Uma surpresa no onze
“São decisões minhas, sempre, mas o Pepê esteve dois dias com gripe em casa e só hoje esteve disponível para o jogo. Um jogador que não treina e não está presente não pode iniciar o jogo. O que me dá o dia a dia é que faz com que eu escolha um determinado onze para o jogo. Depois vem o que quero dar diferente à equipa, nomeadamente com o Veron. Pensámos, e bem, que conseguiríamos com isso encontrar o tal espaço nas costas da linha defensiva mesmo não havendo muito dentro da organização do adversário que, excetuando dois jogos esta época, foi sempre muito capaz e competente.”

Ao lado do Mestre
“Tenho que me baixar muito para dar valor a isso e dar valor ao senhor Pedroto e ao nosso Presidente. Se esta vitória coincidir com o vítulo no final da época posso ficar mais satisfeito. Comparar as vitórias com o senhor Pedroto… nem deve ser realçado no dia de aniversário do nosso Presidente, por tudo o que fez nos últimos 40 anos.”

Para 2023
“Os meus desejos desportivos é ganhar todos os jogos. Mais importante do que isso é que toda a gente, todos os portugueses e as pessoas do mundo possam ter paz e saúde. É o que desejo e que me desculpem os adeptos, sócios e simpatizantes do FC Porto.”