Jovens arquitectos aprendem técnicas de construção tradicionais transmontanas em Vimioso
Porto Canal / Agências
Vimioso, 11 jul (lusa) - Mais de uma dezena de jovens arquitetos e estudantes de arquitetura de diversos pontos do país participam até domingo no Encontro de Arquitetura Tradicional e Sustentabilidade que decorre em Uva, concelho de Vimioso.
A iniciativa é promovida pela Palombar - Associação de Conservação da Natureza e Património Rural com sede na aldeia nordestina.
"O objetivo é o de criar um momento de partilha e reflexão relacionados com a arquitetura tradicional, com as eco construções e com arquitetura ecológica, mas num contexto onde este tipo de construção é feita ao longo dos séculos", explicou à Lusa, Teresa Nóvoa, uma das promotoras do encontro.
Numa época marcada pela "crise e também por uma crescente consciência ambiental", a eco- ou bioconstrução "tem tido uma projeção cada vez maior".
"Ainda que os seus princípios fundamentais possam parecer novidade face às práticas que se tornaram mais comuns durante as últimas décadas, a verdade é que grande parte deles está presente em exemplares de arquitetura tradicional um pouco por todo o mundo", acrescentaram alguns dos participantes.
Assim, compreender esse conhecimento que, em muitos casos, foi construído ao longo de séculos, "vem reforçar a importância e o potencial de técnicas de construção tradicionais sustentáveis ainda utlizadas na região transmontana".
Outra das ideias passa por trazer as pessoas da cidade para interior para terem um contacto direto com técnicas de construção ancestrais, conhecera o património cultural e partilhar experiências.
Os participantes meteram literalmente as mãos na terra e deram aso a imaginação e engenho de forma a aplicar as técnicas aprendidas de forma serem aplicadas em diversas construções e em vários pontos do país.
"Tenho interesses por este tipo de construção e pela junção de técnicas mais encentrais com as mais modernas, e no fundo, quero perceber aquilo que está ser feitos em outros países já que há convidados que nos vêm trazer outras experiências e vou colocar as mãos na terra", disse Gustavo Briz, um arquiteto vindo de Lisboa.
Às ancestrais técnicas ecológicas tradicionais trasmontanas vão juntar-se outras formas de trabalhar os materiais ecológicos em regiões como Africa ou em países europeus.
FYP // MSP
Lusa/fim