"Não há nenhuma cambalhota". Pedro Nuno Santos afirma que privatização da TAP ainda "não se iniciou"
Porto Canal / Agências
O ministro das Infraestruturas e Habitação está esta quarta-feira a ser ouvido no Parlamento.
Pedro Nuno Santos disse, esta quarta-feira, no Parlamento, que a forma de garantir a viabilidade da companhia aérea é se a mesma for integrada num "grande grupo de aviação".
"Não se iniciou nenhum processo de privatização, neste momento, e portanto não tenho nada para dizer sobre um processo que não se iniciou. A única coisa que foi sempre assumida, foi a de que entendíamos que a TAP é uma companhia aérea que num setor altamente globalizado e consolidado não deve ficar sozinha, a melhor forma de garantir a viabilidade a médio e longo prazo é estar integrada num grande grupo de aviação", afirmou o Ministro, que esta quarta-feira é ouvido na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação.
O governante diz que não há nenhuma mudança de posição e que o Executivo está a ser coerente, acusando o PSD de distorcer a verdade e não assumir uma posição sobre o que faria à TAP, já que "Ao contrário do que o maior partido da oposição tem tentado transmitir, não há nenhuma cambalhota, há uma coerência ao longo do tempo".
A privatização feita em 2015 realizada pelo Governo do PSD/CDS é alvo de críticas do ministro, declarando que a administração da TAP suspeitou, em determinada altura, que a empresa estaria a pagar mais pelos aviões novos do que os concorrentes.
Uma intervenção do Chega levou Pedro Nuno Santos a defender que "atrasos atribuídos à TAP são culpa do aeroporto congestionado", realçando, desta vez dirigindo-se ao deputado da Iniciativa Liberal, Carlos Guimarães Pinto, que sem a TAP não haveria hub no aeroporto de Lisboa e o valor da TAP é esse hub.
Já a deputada do PCP, Paula Santos, afirmou que “A privatização ainda não começou, nem deve começar”, alegando que “Está demonstrado que a privatização não é solução. Precisamos da TAP por uma questão de soberania.”