Em junho, Costa prometeu não mexer na fórmula das pensões. Em setembro, mexeu

Em junho, Costa prometeu não mexer na fórmula das pensões. Em setembro, mexeu
| Política
Porto Canal

Presente no programa televisivo “O Princípio da Incerteza”, da CNN Portugal, o primeiro-ministro afirmou em junho que a fórmula de atualização de pensões prevista desde 2007 deveria continuar a ser cumprida.

Mesmo perante a trajetória ascendente da inflação e do crescimento económico, os dois fatores determinantes para o cálculo da atualização de pensões, António Costa defendeu que “as leis existem para serem cumpridas.”

"Não há a mínima dúvida de que iremos cumprir a fórmula que existe desde a reforma de 2007.” - afirmou o líder socialista, ao mesmo tempo que antecipava um “aumento histórico.”

O Porto Canal sabe que, através da fórmula legal, o valor das atualizações rondaria os 7% e 8%

No anúncio das medidas de apoio às famílias, esta segunda-feira, Costa anunciou, porém, novos números. A atualização das pensões em 2023 será de 4,43% (até 886 euros), 4,07% (entre 886 e 2659 euros) e 3,53 (outras pensões sujeitas a atualização). Esta atualização soma-se à pensão extraordinária de 50% a pagar a todos os pensionistas numa única vez, em outubro deste ano.

Contas feitas, o aumento extraordinário anunciado na noite desta segunda-feira traduz-se, na prática, em manter tudo na mesma.

 

Incerteza paira em relação a 2024

Se em relação a 2022 e 2023 não haverá alterações face ao que estava anteriormente previsto, a incerteza paira em relação aos anos seguintes. Com a alteração da fórmula legal, a que Costa chamou “contrato intergeracional”, o rendimento poderá diminuir para todos os pensionistas caso o governo não anuncie um novo aumento extraordinário.

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