Um golo do central Diego Godin, aos 81 minutos, permitiu hoje ao Uruguai acabar com a resistência da Itália (1-0), já reduzida a 10, e qualificar-se para os oitavos de final do Mundial de futebol de 2014.

O jogador do Atlético de Madrid, que já havia decidido, também na sequência de um canto, o campeonato espanhol, na “final” com o FC Barcelona, apurou os sul-americanos, perante uns transalpinos que apostaram quase tudo no 0-0.

Com menos um desde os 59 minutos, face ao vermelho direto a Marchisio, e sem Balottelli, substituído ao intervalo, a Itália não conseguiu segurar os sul-americanos, que, antes do golo, já tinham ameaçado marcar.

Depois de uma entrada em falso (1-3 com a Costa Rica), ao contrário da Itália (2-1 à Inglaterra), os uruguaios estão, assim, nos “oitavos”, nos quais poderão, no entanto, não ter Luis Suarez, que, em mais um desvario, terá mordido Chiellini, precisamente um minuto antes do único golo do jogo.

Nos “oitavos”, o Uruguai, segundo do Grupo D, atrás da surpresa Costa Rica, deverá defrontar a Colômbia, que hoje garantirá, certamente, a vitória no Grupo C, o que até poderá conseguir com uma derrota.

Em relação à segunda ronda, Prandelli trocou Abate, o lesionado De Rossi, Thiago Motta e Candreva por Bonucci, De Sciglio, Verratti e Immobile, voltando a um esquema com três centrais, enquanto Tabarez repetiu o “onze”.

Sob 33 graus Celsius, o encontro em Natal começou muito tático, com as duas equipas apostadas em não dar espaço aos ataques contrários, recorrendo, se necessário, às faltas, mais ou menos duras.

Este cenário prolongou-se por toda a primeira parte, na qual nenhuma equipa esteve perto de marcar, destacando-se apenas um remate falhado de Immbobile, aos 29 minutos, e duas defesas seguidas de Buffon, aos pés de Suarez e Lodeiro, aos 33.

Para a segunda metade, o técnico italiano prescindiu do já “amarelado” Balotelli, que parecia tocado, e fez entrar mais um médio (Parolo), enquanto o uruguaio apostou no benfiquista Maxi Pereira, expulso no primeiro jogo, retirando Lodeiro.

O jogo pouco ou nada mudou, continuando longe das balizas, até que, aos 58 minutos, apareceu, finalmente, a primeira grande oportunidade, com Cristian Rodriguez a tabelar com Luis Suarez e, na cara de Buffon, sobre a esquerda, a rematar mal.

Na jogada seguinte, as coisas ficaram mais complicadas para os transalpinos, com Marchisio a ter uma entrada perigosa sobre Arevalo Rios e a ver o vermelho direto.

Com mais um, Tabarez lançou Stuani, para o lugar de Alvaro Pereira, e, aos 66 minutos, o Uruguai quase marcou, com Suarez a ganhar um ressalto e a isolar-se, mas a ser contrariado por “enorme” defesa de Buffon, o “melhor em campo”.

A última aposta uruguaia foi em Gaston Ramirez, que entrou aos 78 minutos e, aos 81, apontou um canto na direita para Godin marcar, com as costas, o golo dos sul-americanos.

Em desvantagem, a Itália arriscou tudo, mas não conseguiu sequer assustar Muslera, enquanto o Uruguai, com espaço para contra-atacar, só não marcou porque Luis Suarez foi egoísta, por duas vezes, aos 89 minutos. Não foi necessário.

Jogo na Arena das Dunas, em Natal.

Itália – Uruguai, 0-1.

Ao intervalo: 0-0.

Marcador:

0-1, Diego Godin, 81 minutos.

Equipas:

- Itália: Buffon, Barzagli, Bonucci, Chiellini, Darmian, Verratti (Thiago Motta, 75), Pirlo, Marchisio, De Sciglio, Immobile (Cassano, 71) e Balotelli (Parolo, 46).

Selecionador: Cesare Prandelli.

- Uruguai: Muslera, Gimenez, Caceres, Godin, Alvaro Pereira (Stuani, 63), Arevalo Rios, Alvaro Gonzalez, Cristian Rodriguez (Gaston Ramirez, 78), Lodeiro (Maxi Pereira, 46), Luis Suarez e Cavani.

Selecionador: Oscar Tabarez.

Árbitro: Marco Rodriguez (México).

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Balotelli (22), Arevalo Rios (46), De Sciglio (77) e Muslera (90). Cartão vermelho direto para Marchisio (59).

Assistência: 39.706 espetadores.