Retirada de civis Mariupol começa mas Rússia não cumpre cessar-fogo diz autarca local

Retirada de civis Mariupol começa mas Rússia não cumpre cessar-fogo diz autarca local
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Porto Canal

A autarquia da cidade ucraniana de Mariupol anunciou este sábado que a retirada de civis deste porto estratégico no mar de Azov, rodeado por forças russas e pró-russas, vai começar ao final da manhã (hora local). À BBC News, Sergei Orlov, vice-presidente de Mariupol, afirma que estava acordado um cessar-fogo de cinco horas para retirada de civis, mas os russos não cumpriram este acordo e que a zona continua a ser bombardeada enquanto as pessoas tentam ir embora.

"A retirada da população civil vai começar às 11:00 (09:00 em Lisboa)", disse a câmara municipal, na sequência de um acordo de cessar-fogo temporário com a Rússia.

A Rússia anunciou um cessar-fogo temporário para a abertura de corredores humanitários que permitam a retirada de civis nas cidades ucranianas de Mariupol e Volnovaja, no leste da Ucrânia.

Antes, o autarca de Mariupol, Vadim Boitchenko, tinha afirmado que o porto estratégico de Mariupol se encontrava "sob bloqueio" e era alvo de "ataques impiedosos" do exército russo.

"A nossa prioridade é conseguir um cessar-fogo para que possamos restabelecer as infraestruturas vitais e criar um corredor humanitário para fazer chegar alimentos e medicamentos à cidade", acrescento numa mensagem divulgada na plataforma Telegram.

O controlo de Mariupol é estratégico para a Rússia, uma vez que permitiria garantir uma continuidade territorial entre as forças vindas da Crimeia e as que chegam dos territórios separatistas pró-russos da região de Donbass.

A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar à Ucrânia e as autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

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