Carlos Silva afirma que o momento é de todos se unirem na Greve Geral
Porto Canal
O secretário-geral da UGT disse hoje que a conjuntura em Portugal exige que todos se juntem às centrais sindicais na greve geral, "num coro de protesto e de rejeição pelas políticas de austeridade que todos estão a sofrer".
Carlos Silva falava no Centro de Recolha de Resíduos Sólidos da Câmara Municipal de Lisboa, onde hoje se encontrou com trabalhadores para se solidarizar com o dia de greve que vão cumprir.
"A greve é um direito constitucional de quem trabalha, mas o momento que vivemos é acima de tudo um momento que exige que reformados e pensionistas, desempregados, precários, estudantes todos os homens e mulheres dop nosso país se juntem a nós num coro de protesto e de rejeição pelas políticas de austeridade que estamos a viver e a sofrer", declarou.
Questionado sobre as declarações do primeiro-ministro, que disse ser necessário "menos greves e mais trabalho", Carlos Silva respondeu: "O tempo da escravatura já lá vai".
O dirigente sindical acrescentou que "existem discursos de alguns governantes que não são adequados nem se compaginam com a democracia que se vive há 40 anos".
"Eu acho que o senhor primeiro-ministro, acima de tudo, deve perceber que esse discurso era um discurso anterior ao 25 de abril e que rejeitamos em absoluto", frisou.
Carlos Silva, cuja visita àquele local decorreu quase em simultâneo com a do dirigente da CGTP/In, Arménio Carlos, disse tratar-se de uma coincidência, mas congratulou-se com o facto, alegando tratar-se de "um grande momento de convergência das duas centrais sindicais".