Sindicato acusa grupo hoteleiro de substituir trabalhadores em greve mas empresa nega
Porto Canal / Agências
Porto, 26 jun (Lusa) -- O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Hotelaria do Norte acusou o grupo Fénix de recorrer a trabalhadores adicionais para fazer face a eventuais lacunas criadas pela greve geral de quinta-feira, acusação que a empresa rejeita.
Na terça-feira, o sindicato emitiu um comunicado no qual referia que o grupo "já contratou trabalhadores extras para trabalharem no dia de greve, na área de restauração e bebidas do hotel Ipanema Park, no Porto, onde se prevê uma elevada adesão à greve geral", pelo que denunciou a situação à Autoridade para as Condições no Trabalho e convocou um piquete de greve para as portas do estabelecimento na quinta-feira.
A administração do grupo Fénix, em comunicado enviado à Lusa, disse assegurar "o cumprimento de todas as normas laborais em vigor" e respeitar, "tal como sempre respeitou, todos os direitos fundamentais dos seus colaboradores, nomeadamente o seu direito à greve", sublinhando que o recurso a pessoal suplementar ocorre em exclusivo em "períodos de férias e de ocupação alta, como é o caso".
Por seu lado, o sindicato referiu que, caso o grupo persista "na violação da lei da greve, será apresentada também uma queixa-crime contra a empresa e diretores que determinaram a contratação dos trabalhadores extras para o dia da greve".
O grupo Fénix salientou disponibilizar "os meios necessários para os colaboradores que vão estar de serviço no dia da greve" e estimou que a adesão no universo total dos hotéis deverá rondar os 6 ou 7%.
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