Mais de duas dezenas de feridos em confrontos na Venezuela

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Porto Canal / Agências

Caracas, 31 mai (Lusa) - Mais de duas dezenas de pessoas feridas é o balanço provisório de confrontos ocorridos sexta-feira no estado venezuelano de Táchira, a sudoeste de Caracas, entre estudantes da Universidade Nacional Experimental e a Polícia Nacional Bolivariana.

Segundo Carlos Casanova, reitor daquela universidade, os polícias atacaram os manifestantes que protestavam pacificamente no exterior da universidade, tendo sido utilizadas balas de borrachas e gás lacrimogéneo.

Vários estudantes construíram barricadas nas ruas da cidade de Maturín, a leste da capital.

Em Valência, a oeste de Caracas, estudantes da Universidade de Carabobo bloquearam importantes vias da cidade num protesto por assaltos em autocarros de passageiros.

Na sexta-feira vários grupos de cidadãos decidiram protestar pela primeira vez pela falta de gás para cozinhar alimentos bloqueando a circulação de viaturas em 'Caña de Azúcar', no estado de Arágua, também a oeste da capital.

Em Barquisimeto, Estado de Lara, 370 quilómetros a sudoeste de Caracas, o protesto, também por falta de gás, foi realizado pela comunidade de El Manzano.

Há mais de três meses que se registam protestos diários na Venezuela devido à crise económica, inflação, escassez de produtos, insegurança, corrupção, alegada ingerência cubana e repressão por parte de organismos de segurança do Estado.

Alguns protestos degeneraram em confrontos violentos, durante os quais morreram pelo menos 42 pessoas, incluindo dez polícias ou militares. Por outro lado, mais de 870 pessoas ficaram feridas e 3.210 foram detidas, das quais 224 continuam presas.

Mais de dez polícias foram detidos e estão em curso 180 investigações por alegadas violações de direitos fundamentais dos manifestantes.

FPG // JCS

Lusa/fim

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