Risco de pobreza das crianças acentuou-se em 2012

| País
Porto Canal / Agências

Lisboa, 30 mai (Lusa) -- O risco de pobreza para as crianças acentuou-se em 2012, verificando-se situações de "risco acrescido" nas que vivem em famílias constituídas por dois adultos com três ou mais menores, revelam dados do Instituto Nacional de Estatística, hoje divulgados.

"Em 2012, a taxa de risco de pobreza para os menores de 18 anos foi de 24,4%, superior em 2,6 p.p. [pontos percentuais] ao valor registado em 2011 (21,8%) e à média da população em geral (18,7%)", referem os dados do INE, publicados a propósito do Dia Mundial da Criança, que se assinala no domingo.

Segundo o INE, a composição do agregado familiar é um "fator relevante" para o risco de pobreza enfrentado pelas crianças.

"A taxa de risco de pobreza para as famílias com crianças dependentes era, em média, de 22,2%, verificando-se situações de risco acrescido nos agregados constituídos por dois adultos com três ou mais crianças (40,4%) e por um adulto com pelo menos uma criança dependente (33,6%)", sublinha.

De acordo com os Censos 2011, em apenas 28% das famílias clássicas (1.114.193) existiam crianças, sendo o número médio de filhos de 1,4.

Nas famílias clássicas, 46,5% das crianças viviam sem outras crianças e 42,1%, na companhia de apenas outra criança.

Quase 80% das crianças vivia em núcleo de casal com os respetivos pais, dizem os dados, acrescentando que os menores a viverem em famílias reconstituídas representavam 4,2% do total, maioritariamente em núcleos reconstituídos com a mãe e padrasto (3,4%).

Os dados analisaram também os municípios com maior percentagem de crianças, tendo concluído que essa percentagem é mais elevada nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores relativamente ao padrão nacional

No Continente, a percentagem de crianças por município, no total da população, "evidencia um contraste entre o litoral e o interior do país: os municípios com maior peso de crianças concentram-se sobretudo nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e municípios envolventes".

Em apenas um terço dos municípios a percentagem de crianças era superior à média nacional (14,9%).

Entre os dez municípios com maior percentagem de crianças, cinco pertencem às regiões autónomas, destacando-se Ribeira Grande e Lagoa, nos Açores, e Câmara de Lobos na Madeira, com uma proporção de crianças superior a 20%.

Segundo o INE, o conjunto de municípios com menor peso de crianças situa-se no interior centro e norte do país e interior algarvio.

O município de Oleiros, com 6,9%, é aquele que apresenta a menor percentagem de crianças.

Os municípios que registaram o maior crescimento do número de crianças são, na generalidade, aqueles que registaram os maiores crescimentos populacionais na última década.

Entre estes, destacam-se os municípios de Mafra e Arruda dos Vinhos, onde o número de crianças cresceu mais de 60% entre 2001 e 2011.

Evolução oposta ocorreu nos municípios do interior e do norte que registaram maior diminuição do número de crianças, destacando-se Manteigas, Montalegre e Torre de Moncorvo, com decréscimos de cerca de 40%.

Entre 2001 e 2011, 81,2% dos municípios (250) perdeu população no grupo etário dos 0-14 anos, sendo que em apenas 18,8% (58 municípios) é que se registaram aumentos neste grupo etário.

HN // MAG

Lusa/Fim

+ notícias: País

Quantos burros há no mundo?

Há quem diga que "vozes de burro não chegam ao céu". Há quem os use como insulto, mas também quem os veja como animais dóceis. Esta quarta-feira, dia 8 de maio, celebra-se o Dia Internacional do Burro. Mas, afinal quantos existem no mundo?

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".

Proteção Civil desconhece outras vítimas fora da lista das 64 de acordo com os critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse hoje desconhecer a existência de qualquer vítima, além das 64 confirmadas pelas autoridades, que encaixe nos critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro.